Virose da mosca: FVS-RCP alerta para prevenção do vírus que ataca o intestino

A doença conhecida como “virose da mosca” é resultado da presença de vírus, bactérias e protozoários na água ou em alimentos contaminados. Ao pousar nos alimentos, as moscas podem introduzir parasitas infecciosos.

Esses parasitas são responsáveis por desencadear inflamações gastrointestinais, manifestando-se através de sintomas como diarreia, febre, dor abdominal, vômitos, desidratação e, em casos mais severos, presença de sangue ou muco nas fezes.

De acordo com Tatyana Amorim, diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), a transmissão desses vírus ou bactérias pode acontecer quando alimentos contaminados, em contato com moscas, são consumidos, ou quando mãos e utensílios contaminados não recebem a devida higienização.

“A ‘Virose da mosca’ é o nome popular dado às doenças diarreicas. Como as moscas reviram lixo e fezes atrás de comida, esses insetos podem ficar com vírus e bactérias infecciosos e levá-los para dentro dos ambientes familiares e para as pessoas. Por isso, é preciso reforçar as medidas de prevenção às doenças diarreicas”, enfatiza a diretora-presidente da FVS-RCP.

Durante épocas chuvosas e de alta temperatura, os insetos têm a propensão de se reproduzir, o que eleva a incidência dessa virose. Entre janeiro e março de 2023, mais 1,3 milhão de notificações foram registradas no sistema do governo federal.

Para prevenir Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar, é fundamental adotar medidas como lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool a 70%, manipular alimentos corretamente, consumir água tratada e manter ambientes livres de sujeira para evitar que moscas, baratas e outros animais se tornem vetores dessas doenças.

Em caso de sintomas suspeitos, a pessoa deve buscar atendimento médico mais próximo.

Medidas de prevenção

-Mantenha as mãos sempre limpas após ir ao banheiro, depois de usar o transporte público e antes de preparar os alimentos;

-Lave muito bem as frutas e verduras;

-Lave e desinfete os potes e demais utensílios usados na preparação de alimentos;

-Mantenha todo o ambiente limpo – chão, pia, móveis, etc. – para evitar o aparecimento de micro-organismos e insetos;

-Como alimentos expostos costumam atrair moscas e outros insetos, procure mantê-los em recipientes fechados;

-O lixo também costuma ser um chamariz para as moscas. Por isso, é ideal manter o lixinho da cozinha com a tampa fechada.

Tratamento

Nos casos leves, a condição pode melhorar naturalmente dentro de dois a três dias, desde que a pessoa mantenha uma boa hidratação. O uso de soro é bastante útil no tratamento.

Já em situações mais graves, a infecção viral transmitida pela mosca pode progredir para um quadro de desidratação, especialmente em crianças e idosos, que geralmente têm mais dificuldade em manter níveis adequados de hidratação.

Se a condição chegar a esse estágio, é possível que a pessoa manifeste sintomas como sede intensa, aumento da diarreia, vômitos frequentes e diminuição na produção de urina. Nessas circunstâncias, é imprescindível buscar acompanhamento médico e orientação especializada.

Seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde, é possível que médicos prescrevam antibióticos para pacientes que apresentem quadros de doenças diarreicas agudas acompanhadas de presença de sangue ou muco nas fezes, o que é conhecido como disenteria.

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