BRASIL – As viagens corporativas e de grandes eventos presenciais voltaram com força total em 2022, especialmente no mês de março. O faturamento do mês chegou a R$ 869 milhões, surpreendendo até os mais otimistas do setor, que foi um dos mais atingidos nos últimos dois anos, com a pandemia de Covid-29.
O fim das restrições de viagens graças ao avanço na vacinação, à queda do número de mortes e de hospitalizações fez com que empresas, entidades e profissionais do setor de viagens corporativas observassem um aumento na demanda de deslocamentos e encontros presenciais.Os números ainda estão distantes do período pré-pandemia, principalmente os referentes a 2019. Mas já há um bom aceno de que o setor está retomando o crescimento. O faturamento de março é apenas 2% menor que o mesmo período de 2019.
Os dados são da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp), que, apesar da elevação dos custos operacionais acentuados pela guerra na Ucrânia e da dificuldade na contratação de mão de obra, enxerga que os números e os resultados são promissores para o futuro próximo.
“Acredito que teremos uma curva crescente ao longo de 2022”, destaca Gervásio Tanabe, presidente executivo da Abracorp.
No ano passado, o faturamento total alcançou R$ 4,370 bilhões, o equivalente a 40% do faturamento de 2019 (R$ 11,388 bilhões), e um crescimento de 18% em comparação aos números de 2020 (R$ 3,705 bilhões).
Importância do setor – Segundo o relatório mensal de dados da US Travel Association de março de 2022, mais de 77% dos viajantes de negócios e 64% dos americanos empregados concordam que é mais importante do que nunca trazer de volta as viagens corporativas.
Para se ter uma ideia, no Brasil, as viagens de negócios, no geral, representam 60% dos bilhetes aéreos emitidos, de acordo com informações da Abracorp.
