Últimos dias do tradicional Arraial do CSU: veja os prós e contras dessa experiência festiva

O tradicional Festival Folclórico do CSU do Parque Dez, em Manaus, acontece mais uma vez na capital amazonense, trazendo toda a magia e animação dos festejos juninos. Com suas barracas de comidas típicas, danças folclóricas e muita música, o evento se tornou um marco na cidade, atraindo centenas de pessoas para desfrutar das tradições nortistas e amazônidas.

Neste ano, o 42º Arraial do CSU conta com mais de 40 barraquinhas de comida, parque de diversões e diversas atividades e brincadeiras para todas as idades. Durante todos os dias do festival, que iniciou dia 9 de junho e segue até 9 de julho, diversos grupos de quadrilhas juninas se apresentam nos dois palcos montados no local para ampliar as opções do público, que pode aproveitar o evento das 18h às 23h30, com entrada gratuita.

Além das danças folclóricas, pelo menos 60 atrações musicais terão se apresentado ao longo do evento, dentre elas: Nathalia Lima, Forró Já Kero, Kayza Marques, Forro Genial, Léo Cristian e Forró Xotezim.

Para chegar ao festival, é recomendável ir de transporte público ou com motoristas de aplicativo, já que o entorno do local se torna de difícil acesso pelo intenso fluxo de veículos dos visitantes. Além disso, as opções são válidas para quem quer economizar, já que “flanelinhas” se aproveitam e cobram valores altos para o estacionamento. Por conta disso, há espaço para embarque e desembarque de passageiros de táxi e carros de aplicativo.

O estacionamento interno é usado ainda para os participantes do evento descarregarem as mercadorias, tornando o fluxo mais intenso.

Prós e contras do evento:

Por um lado, os prós do Arraial do CSU são evidentes. O festival proporciona um ganho de renda extra e oportunidades econômicas, desde a montagem das barracas até as apresentações artísticas, movimentando diversos setores da economia local, impulsionando o comércio e beneficiando os empreendedores, que aproveitam a ocasião para expor e vender seus produtos.

Desta forma, o evento é uma vitrine para a gastronomia regional, com barraquinhas que servem iguarias como tacacá, vatapá, tapioca e doces juninos, que fazem a alegria dos visitantes. Além disso, o grande público contribui para o crescimento do turismo na cidade, gerando receitas e fortalecendo a imagem de Manaus como destino cultural.

Entre as atividades do festival, para a criançada, além do parque de diversões, são ofertadas diversas brincadeiras lúdicas, como pintura facial, jogos de tabuleiro e até bingo, realizados na praça de alimentação do arraial, no entorno do segundo palco. Na mesma área, barracas de massagem relaxante para as costas e pernas também são opções de atividades para os adultos, que podem pagar de R$ 20 a R$ 30 por sessão.

Além de cerca de 60 atrações musicais, mais de 80 equipes de danças juninas devem subir aos palcos do 42° Festival Folclórico do CSU do Parque Dez.

No entanto, é impossível ignorar os pontos negativos do evento. Um dos principais problemas enfrentados é a falta de infraestrutura adequada para acomodar o público cada vez maior que prestigia o arraial. A falta de um estacionamento amplo e a carência de banheiros em número suficiente podem gerar desconforto aos participantes. Além disso, a segurança é uma questão que merece atenção especial, pois a aglomeração de pessoas pode favorecer a ocorrência de furtos e outros incidentes indesejados.

No local, ainda com a presença da Polícia Militar, os visitantes não se sentem 100% seguros. Para Matheus Araújo, que prestigia o festival há mais de 5 anos, a quantidade de policiais e bombeiros é mínima em comparação com o público que visita o arraial todas as noites.

“Podemos ver que existem apenas duas viaturas aqui dentro, e uma lá fora. Se uma pessoa for furtada aqui ou no entorno, ou talvez um arrastão aconteça, acredito que seja muito difícil alguém ser capturado, pois o fluxo é cada dia maior, ainda mais nos fins de semana. Acredito que deveriam ampliar a cobertura policial do espaço pra coibir melhor a possibilidade de alguém ser prejudicado enquanto se diverte”, afirma.

Outro ponto negativo são os preços dos alimentos e ingressos para utilizar os brinquedos do parque de diversões. Na bilheteria, o brincante deve desembolsar R$ 10 por brinquedo, a cada vez que quiser utilizar um deles. Desta forma, alguns visitantes preferiram apenas prestigiar as danças e comidas típicas, como é o caso de Amanda Campos, que disse estar surpresa com o aumento dos preços em comparação com a edição anterior.

“Ano passado as comidas não estavam tão caras assim, na minha opinião. Não vejo muita diferença de preço entre uma barraquinha e outra, acredito que todos entram em um consenso sobre os valores, já que não variam de forma muito expressiva. Acho que isso pode causar até uma diminuição nos lucros, pois realmente pagar R$ 10 ou R$ 12 em uma maçã do amor não é tão atrativo assim”, relata Amanda.

Ainda que os visitantes considerem alguns preços elevados, entre as barraquinhas existe uma variedade significativa de comidas, para todos os gostos. Desde sanduíches, bolos e salgados, doces e bebidas, o festival oferece ótimas opções para os amantes das guloseimas. Além disso, carnes, churrascos e até barracas self-service também são alternativas para satisfazer o público.

Para os que preferem não enfrentar filas ou não gostam de multidão, é recomendável evitar ir nos fins de semana. Os dias com maior fluxo de pessoas são sexta, sábado e domingo. Durante a semana, ainda que reúna uma grande quantidade de pessoas, o arraial ainda consegue ser mais tranquilo tanto no entorno, quanto dentro do local.

Fiscalização do festival

No dia 18 de junho, segundo fim de semana do arraial, visitantes foram pegos de surpresa ao serem cobrados no valor de R$ 10 para estacionarem dentro de um estacionamento improvisado dentro do CSU. Como o local é espaço público, a ação foi considerada ilegal e, segundo a Prefeitura de Manaus, a quebra das muretas e grades para que os veículos adentrassem o local está sendo apurada, já que a ação foi feita sem autorização do poder público municipal.

Em nota, a Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), responsável pelo evento, afirmou que “a investigação interna está sendo realizada para a responsabilização adequada, visando identificar os agentes envolvidos e tomar as devidas providências”.

Após a polêmica, a situação foi regularizada e a área danificada já foi reconstruída. Além disso, o comunicado informou que agentes do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) monitoram a circulação dos veículos no entorno do CSU, e devem ficar no local até o último dia do evento.

“A Prefeitura de Manaus reforça seu compromisso com a preservação do patrimônio público e com a qualidade de vida da população, oferecendo espaços adequados e seguros para o lazer e práticas esportivas de todos os cidadãos”, finaliza a nota.

Sobre o CSU do Parque Dez

O CSU do Parque Dez de Novembro é um centro de atividades esportivas e sociais com 46 anos de existência. É palco de eventos tradicionais com o Festival Folclórico, Bloco das Piranhas e Festival de Verão. Possui uma ampla área de lazer com quadras, área para caminhada, campos de futebol, brinquedos e piscina disponíveis para a população, além de quiosques e barracas de comidas regionais.

Ao longo dos anos, o Arraial do CSU se tornou um momento de celebração e união, onde as pessoas podem se divertir e exaltar um pouco mais da cultura amazônica, que vem encantando gerações e fortalecendo os laços culturais da cidade de Manaus.

Serviço

O que? 42° Festival Folclórico do CSU do Parque Dez

Quando? De 9 de junho a 9 de julho de 2023 – a partir das 18h

Onde? CSU do Parque Dez – Avenida Perimetral, 22, bairro Parque Dez de Novembro, Zona Centro-Sul de Manaus

Quanto? Entrada gratuita

Informações: (92) 98119-1111

Ana Patrícia
Ana Patrícia
Jornalista em formação, com experiência em portais e assessoria de imprensa. Apaixonada por ouvir e contar histórias. Pseudo-cinéfila e constante entusiasta de Christopher Nolan e David Fincher.

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