TUBERCULOSE: Saúde lança painéis e muda protocolo para controle da doença

Em média o Amazonas registra mais de 3 mil casos por ano. FOTO: Reprodução.

MANAUS – | A tuberculose, no Amazonas, vem mantendo um padrão em número de casos novos no primeiro quadrimestre do ano. Em 2021, por exemplo, foram registrados 974 casos novos de tuberculose de janeiro a abril. No mesmo período de 2022, foram 967 casos, apresentando uma pequena queda, de 0,71%. Anualmente, os novos casos superam os 3 mil desde 2017, com o pico sendo registrados em 2021 e 2019, superando os 3,2 mil casos.

Manaus continua sendo o município com a maior incidência de casos, com 693 registrados no primeiro quadrimestre deste ano – 881 até 14 de maio, de acordo com o Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (Devae/Semsa) – e figura entre os cinco municípios do Amazonas com maior incidência de tuberculose (de todas as formas) por 100 mil habitantes. Os outros municípios com maior número de casos são Manacapuru, Itacoatiara, Coari, Tabatinga, Iranduba, Tefé, Autazes, Humaitá e Rio Preto da Eva.

Os números de 2022 foram divulgados na terça-feira (17) e os de 2021 estão disponíveis no Painel Epidemiológico – Tuberculose, lançado na mesma data pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Os painéis foram produzidos pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) e estão disponíveis no endereço: https://bit.ly/3wvCYqb. O outro painel, também lançado em conjunto, destaca evolução da implantação do tratamento de Infecção Latente da Tuberculose no Amazonas.

O objetivo, de acordo com a Vigilância da Saúde, é dar transparência às ações de controle da tuberculose no Amazonas, bem como de tornar pública a priorização da ampliação do acesso ao diagnóstico e tratamento da Infecção Latente de Tuberculose (ILTB).

“A publicação dos Painéis de Monitoramento da Tuberculose permite que qualquer pessoa, veículos de comunicação, gestores e profissionais de saúde, estudantes e pesquisadores de instituições de pesquisa nacionais e internacionais tenham acesso rápido aos indicadores atualizados de forma oportuna”, ressalta Tatyana Amorim, diretora-presidente da FVS-RCP.

Prevenção – Para prevenir a tuberculose, está disponível a vacina BCG (bacilo Calmette-Guérin), ofertada no SUS, que protege as crianças das formas mais graves da doença. A vacina está disponível nas salas de vacinação das unidades básicas de saúde e maternidades. É ministrada às crianças ao nascer ou, no máximo, até os 4 anos, 11 meses e 29 dias.

Também está disponível o tratamento da ILTB, disponível no SUS, podendo ser realizado em três ou quatro meses ou até nove meses dependendo do medicamento utilizado.

Novo protocolo – Já as unidades de saúde do município vão adotar, a partir de junho, um novo protocolo para o tratamento contra a tuberculose, incluindo dois novos medicamentos (Rifampicina 300 mg + Isoniazida 150 mg) em um só comprimido para reduzir as doses diárias, seguindo determinação do Ministério da Saúde. A estratégia, de acordo com gestores da saúde do município é a maior adesão ao tratamento e ampliação do percentual de cura.

“Em agosto de 2018, o Ministério da Saúde incorporou esses medicamentos para o tratamento contra a tuberculose sensível no Sistema Único de Saúde (SUS), e em 2022, começou a distribuição para os Estados das regiões Norte e Sul. A medicação já está no Departamento de Logística da secretaria, e começará a ser usada mês que vem, em todas as unidades”, disse o chefe do Núcleo de Controle da Tuberculose da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Daniel Sacramento.

Os remédios, em dose fixa combinada, serão usados na recuperação de adolescentes a partir de 10 anos e adultos. Os profissionais de saúde estão sendo sensibilizados pela Semsa para adoção da nova medicação na prescrição médica.

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