O projeto foi escolhido entre 40 inscritos. O objetivo do Programa de Aceleramento é impulsionar o teatro musical nacional desde a concepção até a realização, em colaboração com leis de incentivo à cultura e empresas privadas. A diretora da In Cena, a atriz e cantora Cella Bártholo, explica que o programa vai contribuir com toda a parte de captação de recursos, estratégia comercial e de marketing. “Para que um espetáculo saia do papel todas essas etapas são essenciais e ter o suporte de uma agência, com expertise na área, é maravilhoso. Estamos muito contentes por termos conseguido entre tantos projetos incríveis que concorreram”, destaca.
“República Lee – Um Musical ao Som de Rita” é uma comédia musical com dramaturgia inédita e costurada por canções de Rita Lee. O projeto foi idealizado por Cella Bártholo, diretora da produtora, que funciona no Rio de Janeiro, em Botafogo, com texto e direção geral de Tauã Delmiro. O musical estreia em 2024, com temporada no Rio de Janeiro e em São Paulo.
O espetáculo acompanha a história de cinco jovens artistas, moradores de uma república situada na cidade de São Paulo, no contexto de 1967. O grupo está engajado em produzir, dentro do apartamento onde moram, um curta metragem de ficção científica, com baixo orçamento. Dialogando com a narrativa, a encenação do espetáculo pretende proporcionar uma experiência multilinguagem, entre teatro e cinema. A partir da interação de cenas teatrais, takes pré-gravados e outros que serão filmados ao vivo, será construído um filme na presença do público, explica Cella Bártholo.
Segundo Cella Bártholo, o espetáculo sintetiza a efervescente cena cultural paulista do final da década de 1960, que assistiu florescer o trabalho de artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Os Mutantes. “Um caldeirão de experimentos artísticos que possibilitou o nascimento da Tropicália e a construção da identidade do rock nacional, ritmo que fez de Rita Lee sua principal representante”, ressalta.
A dramaturgia do musical é embalada por canções clássicas do repertório da cantora, como “Alô, alô marciano”, “Erva Venenosa” e “Doce Vampiro”. A partir do universo lúdico e disruptivo da lírica de Rita, a narrativa aborda a rebeldia de uma juventude que rompeu paradigmas e quer ser fonte de inspiração para que cada espectador faça sua própria revolução pessoal.