PF, Ibama e Marinha negam envolvimento em explosão de draga que matou um homem no interior do AM

Através de notas divulgadas à imprensa, a Marinha do Brasil, a Polícia Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) afirmaram desconhecer a autoria da explosão da draga no município de Maraã, interior do Amazonas As três instituições atuam no combate ao garimpo ilegal em algumas cidades do Estado.

Em comunicado feito pelo Comando Conjunto Uiara, a Marinha afirma que “durante a operação, que aconteceu de 15 a 30 de maio, o trabalho realizado pelas tropas e agentes na desativação da atividade ilícita de garimpagem teve como condicionantes, procedimentos que garantissem a segurança de todos os envolvidos”, diz trecho.

O texto também informa que, no decorrer da Operação Ágata, os agentes atuaram no combate a crimes transfronteiriços e ambientais. Dentre as atividades, apoiou os agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) na logística, inteligência e operacionalidade para a neutralização de 51 dragas, na região do rio Japurá.

Veja a nota na íntegra:

O homem que morreu na explosão tinha 54 anos, porém, a identidade dele não foi divulgada. Testemunhas informaram que o corpo foi encontrado queimado e partido em pedaços.

Moradores da cidade disseram que outras quatro pessoas viviam na balsa. Elas seguem desaparecidas. Uma das versões para a explosão é a de que uma pessoa que estava dentro do local teria tentado manusear uma banana de dinamite, quando o artefato explodiu.

Durante o acidente, metade da balsa afundou e as autoridades ainda não confirmaram se a draga pertencia ao garimpo ilegal.

Também em nota, o Ibama informou que não utiliza material explosivo como dinamites em operações. De acordo com o órgão, uma operação realizada em Maraã foi concluída na terça-feira da semana passada, dia 30 de maio. “E o acidente ocorreu 7 dias após a saída dos órgãos da região, hoje (06/06). Não houve destruição de dragas próximas a casas e comunidades”, afirmou.

Já a Superintendência Regional da Polícia Federal no Amazonas informou que tomou conhecimento da explosão de dragas em Maraã e “vai prestar o apoio necessário para descobrir o que causou esse fato. A Corporação ainda esclarece que, no momento do ocorrido, não realizava nenhuma ação na região”.

Apesar dos órgãos negarem qualquer tipo de envolvimento no acidente, moradores do local acusam os agentes da PF e do Ibama de deixar a bomba escondida para atingir garimpeiros, já que nessas operações, os órgãos têm explodido as balsas que atuam ilegalmente nos rios da região.

Desde o começo de fevereiro, quando começaram as operações conjuntas dos órgãos federais e Forças Armadas contra o garimpo ilegal, não há casos que atestem a explosão ou queima de balsas, aviões, helicópteros e acampamentos com a presença de garimpeiros dentro.

Ana Patrícia
Ana Patrícia
Jornalista em formação, com experiência em portais e assessoria de imprensa. Apaixonada por ouvir e contar histórias. Pseudo-cinéfila e constante entusiasta de Christopher Nolan e David Fincher.

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