Por Daniel Santos
Nos últimos anos, a sustentabilidade tornou-se um dos mais importantes temas abordados em toda a parte do mundo, com o foco voltado para os países que ainda possuem uma rica biodiversidade, como é o caso do Brasil.
A primeira vez que a questão ambiental entrou em pauta como assunto discutido de forma global foi em 1972, na Conferência de Estocolmo, que muitos dizem ter sido o “despertar da consciência ecológica” no mundo.
A Conferência de Estocolmo – cujo nome oficial foi Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano – teve como principal resultado uma declaração final oficial, na qual estabelecia a premissa de que as gerações futuras e a população mundial teriam o direito incontornável de viver em um ambiente com saúde e sem degradações.
Em sequência foram realizados diversos eventos ambientais importantes, tais como: a Eco 92 ou Rio 92, no Rio de Janeiro, denominada de Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente e o Desenvolvimento, ou, ainda, Cúpula da Terra; a Rio + 10, na cidade de Johanesburgo, na África do Sul, em 2002, intitulada Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável; e a Rio + 20 ou Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável, no Rio de Janeiro, em 2012.
Apesar de todos os eventos realizados nas décadas de 70, 80, 90 e 2000, as ações discutidas pareciam não estar bem alinhadas, aumentando as críticas pela falta de clareza e objetividade. Além disso, havia um clamor pelo estabelecimento de metas concretas aos países, visando à redução da emissão de poluentes e à preservação de recursos naturais.
Foi durante a Rio+20 que os 193 Estados membros da Organização das Nações Unidas (ONU) discutiram o desenvolvimento sustentável, ou seja, uma forma de evoluir, atendendo às necessidades da geração atual, sem comprometer a existência das gerações futuras. Assim, foram estabelecidos os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), um plano de ação com 169 metas a serem cumpridas até 2030.
Os 17 ODS abrangem os seguintes temas: erradicação da pobreza; fome zero e agricultura sustentável; saúde e bem-estar; educação de qualidade; igualdade de gênero; água potável e saneamento; energia limpa e acessível; trabalho decente e crescimento; indústria, inovação e infraestrutura; redução das desigualdades; cidades e comunidades sustentáveis; consumo e produção responsáveis; ação contra a mudança global do clima; vida na água; vida terrestre; paz, justiça e instituições eficazes; e parcerias e meios de implementação.
Os ODS são interligados e, de forma simultânea e equilibrada, englobam os meios ambiental, social e econômico. As metas devem ser colocadas em prática pelos governos, instituições públicas, setor privado, sociedade civil organizada e por nós, cidadãos, para que possamos chegar em 2030 tendo alcançado a tão sonhada sustentabilidade.
(Artigo Publicado originalmente no Portal A Crítica)