Na tarde de segunda-feira (21), o Ministro do Turismo, Celso Sabino, comunicou que o governo adotou ações punitivas contra a 123 Milhas, em resposta ao anúncio de cancelamentos de passagens aéreas pela empresa.
Sabino comunicou que a agência de viagens foi removida pelo Ministério do Turismo do Cadastur, um registro nacional que engloba empresas do setor. A retirada influencia a capacidade de obter empréstimos e financiamentos por intermédio de instituições financeiras oficiais, as quais oferecem linhas de crédito vinculadas ao governo.
O Cadastur, tem como propósito regular e cadastrar empresas e profissionais atuantes no setor de turismo. Esse registro é obrigatório para diversas atividades turísticas, incluindo agências de viagens, meios de hospedagem, transportadoras turísticas e guias de turismo.
“O Ministério do Turismo já suspendeu o cadastro da 123 Milhas no Cadastur, um registro utilizado por empreendedores do turismo que possibilita a aquisição de empréstimos, financiamentos e leasing”, destacou Sabino.
O ministro informou ainda que enviou um comunicado ao Ministério da Fazenda, comunicando a suspensão da 123 Milhas no Cadastur.
“Nosso principal objetivo é assegurar que os consumidores, os turistas nacionais que adquiriram esses pacotes, não sejam prejudicados, garantindo-lhes viagens seguras ou, ao menos, o retorno dos investimentos feitos”, concluiu Sabino.
Voos cancelados
Na última sexta-feira (18), a 123 Milhas comunicou a interrupção de sua série ‘Promo’, que disponibiliza passagens ou pacotes a preços acessíveis com datas flexíveis, assim como a não emissão de bilhetes programados para embarque no período de setembro a dezembro deste ano.
A empresa alegou para os clientes que a suspensão se deve “à persistência de circunstâncias de mercado adversas, alheias à nossa vontade”. A agência informou que vai conceder vouchers aos consumidores, com os valores pagos acrescidos de correção monetária de 150%, para uso em outros produtos da 123 Milhas.
