Nesta segunda feira (10), manifestantes realizaram o ato “Salve a Floresta Manaós”, em frente à sede da Prefeitura de Manaus, no bairro Compensa, zona Oeste, após a Câmara Municipal (CMM) aprovar um projeto de lei que irá permitir a construção de um posto de combustíveis em uma APA (Área de Proteção Ambiental).
Participaram da manifestação, além do Coletivo Floresta Manaós, outros grupos ambientais, como o Minha Manaus, o Instituto Sauim de Coleira e voluntários do Greenpeace.
Os manifestantes cobraram que o prefeito David Almeida (Avante) vete o projeto de lei 582/21, de autoria do vereador Diego Afonso (União Brasil), que pretende viabilizar a construção de um posto de combustíveis pela empresa IBK COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA, próximo ao Conjunto Acariquara, localizado no bairro Coroado, dentro do território da APA Floresta Manaós.
“Esse projeto de lei altera a demarcação da APA Floresta Manaós para a contrução desse posto de gasolina, apesar de todas as negativas dos órgãos ambientais, como a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMMAS) e o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), que têm pareceres contrários a essa obra. Mesmo assim, os parlamentares da CMM aprovaram e não levaram nada disso em consideração”, explica o professor do Departamento de Biologia da Ufam, Welton Oda.
Aindo segundo Welton Oda, a comissão dos manifestantes foi recebida pelo ouvidor da Prefeitura de Manaus, que orientou que o grupo não protocolasse o caso como denúncia imediatamente, até que um laudo técnico formulado pelo IPAAM seja formalizado.
O grupo de manifestantes espera que até o fim da semana o projeto seja vetado pelo prefeito de Manaus. “Na nossa percepção, o próprio proponente do projeto, vereador Diego Afonso, tem interesse pessoal nessa possível construção, já que é ligado à um grupo de distribuição de combustíveis. Então, para nós, é uma clara tentativa de emplacar um posto de gasolina em uma área de preservação ambiental, o que é ilegal”, disse Welton Oda.