O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, em Bruxelas, uma declaração conjunta com outros líderes mundiais em favor de eleições mais justas e transparentes na Venezuela. Os líderes também pediram o fim das sanções ao regime de Nicolás Maduro se o país realizar eleições livres em 2024.
A Venezuela terá eleições presidenciais em 2024, mas três dos principais candidatos da oposição tiveram suas candidaturas inabilitadas. No final de junho, a ditadura de Maduro tornou inelegível por 15 anos María Corina Machado, uma das pré-candidatas favoritas. Ela se junta a outros dois nomes importantes da oposição que já haviam sido barrados da disputa eleitoral: Juan Guaidó e Henrique Capriles.
A declaração foi assinada pelos presidentes da França, Bolívia, Argentina, Colômbia, um Alto Representante da União Europeia e líderes do governo e da oposição venezuelanos.
O governo e a oposição da Venezuela retomaram no ano passado as tentativas de diálogo no México com mediação da Noruega. O Brasil não atua no processo de diálogo. França, Colômbia e Argentina agiram para a retomada dos diálogos em novembro passado.
O anúncio é um passo importante na busca de eleições livres e justas na Venezuela. No entanto, é importante lembrar que o regime de Maduro tem um longo histórico de violações dos direitos humanos e de fraudes eleitorais.
O comunicado diz que os líderes “fizeram um apelo em prol de uma negociação política que leve à organização de eleições justas para todos, transparentes e inclusivas, que permitam a participação de todos que desejem, de acordo com a lei e os tratados internacionais em vigor, com acompanhamento internacional. Esse processo deve ser acompanhado de uma suspensão das sanções, de todos os tipos, com vistas à sua suspensão completa”.