Foragido há seis dias, Prefeito de Borba se apresenta em delegacia de Manaus

Após passar seis dias foragido, o prefeito de Borba, Simão Peixoto, se entregou à Polícia Civil nesta segunda-feira (29), onde foi preso depois de ser alvo da Operação ‘Garrote’, do Grupo de Atuação Especial de Repressão do Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Federal, deflagrada na última terça-feira (24).

As investigações feitas durante a operação apontam Simão Peixoto como chefe de uma organização criminosa em esquema de corrupção, fraude em licitação, lavagem de dinheiro, entre outros crimes.

A operação buscava cumprir 11 mandados de prisão – incluindo do prefeito de Borba e da primeira-dama -, e outros 84 mandados de busca e apreensão.

Com a prisão, o vice-prefeito, Zé Pedro Graça, assumiu o comando da cidade.

Detalhes da operação

Segundo o Ministério Público Federal, o grupo criminoso – que também envolve parentes próximos do prefeito, agentes públicos e pessoas jurídicas – cometeu fraudes em diversos procedimentos licitatórios de Borba.

Ainda conforme informações do MP, o estabelecimento comercial “Mercadinho Du Primo”, um dos principais alvos da operação, era usado para movimentar e repassar dinheiro ilícito a servidores municipais. As investigações também constataram que o local chegou a receber R$ 29,2 milhões para fazer pavimentação e outros serviços para a Prefeitura de Borba.

Além do mercadinho, outras 11 empresas, entre comércios e construtoras, são investigadas por receberem recursos de licitações da Prefeitura de Borba e transferirem parte dos valores para servidores locais.

“As transferências eram realizadas logo após as empresas receberem pagamento da prefeitura sem qualquer justificativa aparente, o que reforça a ligação entre a contratação suspeita e a atuação dos servidores em favor das empresas nos procedimentos licitatórios”, diz a decisão do TJAM.

Em nota, o Ministério informou ainda que busca o ressarcimento aos cofres públicos e o afastamento dos funcionários investigados de suas funções.

Após se apresentar no Departamento de Repreensão ao Crime Organizado (DRCO), Simão Peixoto foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exame de corpo de delito.

Fonte: G1 Amazonas*

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