FIM DA PANDEMIA: OMS diz que estamos próximos disso e aconselha estratégias para o futuro

A vacinação é apontada como principal estratégia para conter o avanço da Covid-19. FOTO: Reprodução.

DA REDAÇÃO

MANAUS – |A pandemia de Covid-19, que assombra o mundo desde o primeiro trimestre de 2020, pode estar chegando ao fim. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de mortes semanais, em todo o mundo, é o menor desde março de 2020, quando a entidade caracterizou a doença como pandemia. Até agora, a doença arrasou territórios, confinou a população mundial e deixou um rastro de 6,52 milhões de mortos, o equivalente à população total de países como Bulgária, El Salvador, Nicarágua e Líbano, por exemplo. Mas, a própria OMS afirma que houve mais de 9 milhões de mortes subnotificadas, elevando o número de vítimas diretas e indiretas para mais de 14,9 milhões de pessoas, só até dezembro de 2021.

No Brasil, o número de mortos é superior a 685 mil pessoas, o equivalente a mais de 3% de sua população, hoje estimada em 215 milhões de habitantes, ou o equivalente a ¼ da população total de Manaus, estimada em 2,3 milhões de pessoas.

A perspectivas de que a pandemia chegue ao fim é alentadora, mas traz lições e responsabilidades que jamais deverão ser esquecidas. A OMS, por meio de seu diretor geral, Tedros Ghebreyesus, diz que o mundo nunca esteve em “melhor posição para acabar com a pandemia”, mas alerta que ainda não é hora de declarar vitória. A organização divulgou seis recomendações, com base na experiência dos últimos 32 meses, para salvar vidas, proteger os sistemas de saúde e evitar perturbações econômicas e sociais, daqui para frente.

Durante meses a população mundial ficou confinada. FOTO: Reprodução.

No fundo da questão, há um apelo para que os governos analisem suas políticas e as fortaleçam para lidar com a Covid-19 no futuro e com outras doenças com potencial pandêmico.

Entre as medidas sugeridas estão vacinação, testes e sequenciamento do vírus e integração de tratamento eficaz contra Covid-19 nos sistemas primários de saúde. Recomenda, ainda, planos para futuros surtos, com a garantia de suprimentos, equipamentos e profissionais de saúde extras. A comunicação também é estratégia indicada, incluindo treinamento de profissionais de saúde para identificar e lidar com informações erradas e a criação de material informativo de alta qualidade.

Amazonas – O estado, que em vários momentos dos últimos 32 meses esteve no epicentro da pandemia no Brasil, também vem registrando o movimento de retração da Covid-19, com redução do número de casos confirmados e, principalmente, de mortes.
De acordo com a Fundação de Vigilância da Saúde – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), em 2022, até o dia 15 de setembro, foram registrados 409 óbitos por Covid-19 no Amazonas.

A FVS-RCP informou que na quinta-feira (15/09) foram diagnosticados 103 novos casos de Covid-19 e 3 óbitos, encerrados por critérios clínicos, de imagem, clínico-epidemiológico ou laboratorial. Com isso, são 615.408 casos da doença e 14.313 mortes desde o início da pandemia.

A FVS informou, ainda, que em 2022 (até 15 de setembro), foram registrados 409 óbitos por Covid-19 no Amazonas. Esse movimento de retração vem sendo registrado desde o primeiro semestre, com o período mais longo sem mortes registradas de 27 de abril a 11 de maio, 46 dias consecutivos sem óbitos em decorrência da doença.

A testagem é uma das estratégias recomendada pela OMS. FOTO: Reprodução.

O final de maio, e os meses de junho e julho, registraram um aumento de casos confirmados por Covid-19, mas o número de mortes permaneceu mais baixo que em outros momentos de pico. Setembro também apresentou, nas suas duas primeiras semanas, índice zero de mortes em todos os municípios do Estado, mas no último dia da primeira quinzena, foram confirmados três óbitos.

Os órgãos de saúde atribuem a baixa mortalidade, no mundo, ao esquema de vacinação, que atinge hoje todos os públicos acima de 3 anos. É o caso da FVS-RCP, que aponta a vacinação como a principal responsável pela redução de óbitos pela infecção do novo coronavírus. “Por meio da vacina, os sintomas registrados no paciente infectado apresentam-se de forma mais leve, reduzindo as chances de hospitalização e óbitos”, diz a FVS.

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