Especialista dá orientações ao consumidor contra fraudes na Black Friday

Consumidor deve se atentar quando for fazer compras online e não fazer compras por impulso. Foto: Divulgação

MANAUS – AM | A Black Friday ganhou fama nos Estados Unidos, com a oferta de descontos imperdíveis sempre na última sexta-feira de novembro. No Brasil, não poderia ser diferente, e há alguns anos a campanha tem se estendido durante todo o mês. O coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Teresa, Roberto Melo, faz um alerta sobre os golpes que acabam se tornando comuns nessa época, para evitar que os consumidores sejam vítimas.

De acordo com Roberto Melo, a Black Friday se tornou popular tanto no e-commerce quanto nas lojas físicas e, em ambos, o consumidor deve ficar atento para não ter problemas. Dados da ClearSale, empresa especializada em soluções antifraude nos mais diversos segmentos, apontam que as práticas de fraude devem crescer 52% na Black Friday de 2021.

A primeira dica é não comprar por impulso. “É preciso avaliar se o produto que se pretende comprar é necessário e se cabe no orçamento. Lembre-se: oferta não é sem custo”, ressaltou.

É recomendado planejar o que se pretende comprar e pesquisar os preços com antecedência, se possível até anotar os valores. Dessa forma, diz ele, é possível verificar se realmente a loja aplicou um desconto vantajoso no produto. Ele informa que já existem sites especializados em fazer comparação de preços. “Existem lojas que semanas antes colocam o preço do produto lá em cima, para que no dia da Black Friday o cliente se surpreenda com o desconto. O consumidor pode evitar cair nesse golpe fazendo a pesquisa com antecedência”, frisou.

O professor orienta, também, que o comprador verifique as condições do produto. “Leia todas as orientações e informações disponibilizadas no produto e pelo estabelecimento. Isso pode evitar dor de cabeça”.

Cuidado com compras online

Outro ponto de atenção é com as compras online. O e-commerce, que já vinha tendo um crescimento considerável nos últimos anos, teve um boom durante o período de isolamento social causado pela pandemia. “Mesmo pessoas que não estavam acostumadas a fazer compras nesse formato, passaram a adotar esses canais. Isso é muito bom, mas exige cuidado dobrado para não cair em golpes. E-mail, SMS, telefonema, mensagens de WhatsApp e falsos anúncios são só algumas das táticas de fraudes usadas no período”.

De acordo com Roberto Melo, algumas orientações podem ser seguidas pelos consumidores, como por exemplo, não clicar em links recebidos em mensagens e e-mails, não passar dados para cadastro de desconto. É preciso também ficar atento ao domínio do site. Segundo ele, algumas vezes os golpistas criam um site quase idêntico ao de uma loja oficial, mudando apenas uma letra na barra de endereço.

Ainda nas compras online, uma opção é escolher o cartão virtual, oferecido pelas operadoras. Nesse formato, um número novo de cartão é gerado no próprio aplicativo e fica disponível por determinado tempo. “É como os tokens de segurança usados nos aplicativos de banco. Utilizando esse meio, o comprador tem a alternativa, caso aconteça de o cartão ser clonado, de cancelar o número virtual, sem precisar emitir um cartão novo”.

Outras orientações são pesquisar se o site possui endereço físico, número de contato e se não possui reclamações em relação a cumprimento de prazos de entrega. Nas lojas físicas, os produtos precisam ter o valor sinalizado e visível, não é permitido impor quantidade mínima de aquisição, pois isso se caracteriza como compra casada. A troca de produto é obrigatória, caso o item apresente defeito.

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