MANAUS – |Mudanças nas regras eleitorais, que dificultam o acesso de partidos nanicos e os chamados puxadores de votos – aqueles candidatos com super votação e que trazem um ou mais candidatos na carona – foram responsáveis pela alta taxa de renovação dos cargos, que pode chegar a 44%, só perdendo para as eleições de 2018, quando houve mais de 48% de renovação. Segundo o DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), só houve uma renovação maior em 1990 (62%) e 1994 (54%).
No Amazonas, apenas quatro deputados federais conseguiram se reeleger. Dois deles, com uma extensíssima folha de presença na Câmara dos deputados: Átila Lins (eleito deputado federal pela primeira vez em 1990, indo para o seu 9º mandato consecutivo) e Silas Câmara, que vai para o sexto mandato consecutivo.
Também foram reeleitos Sidney Leite e Alberto Neto, para o segundo mandato consecutivo.
Foram eleitos para o primeiro mandato como deputado federal o fenômeno de votos, atual vereador de Manaus, Amon Mandel, Saulo Viana, Fausto Júnior e Adail Pinheiro.
Campeão de votos
Amon Mandel é novato na política, mas recebeu uma chuva de votos. Na segunda disputa eleitoral que enfrentou recebeu 14,49% dos votos válidos, ou, em números redondos, 288.555 votos. Apenas a título de comparação, Eduardo Braga, que vai disputar o segundo turno das eleições para o governo do Estado, teve 392,7 mil votos. Um pouco mais de 100 mil que Mendel.
Amon, 22 anos, se tornou um fenômeno eleitoral por outros motivos além da enxurrada de votos. Ele teve, na propaganda eleitoral gratuita, direito a inserções de 1 segundo. Uma espécie de ‘Enéas baré’. Mas sua grande popularidade se dá pelas redes sociais.
Desde que foi eleito vereador, ele as usa para prestar conta de seu mandato, para fazer denúncias de desvio de recursos, desvio de finalidades e gastos excessivos na Câmara e, também, para levar as suas campanhas sociais, como, por exemplo, o plantio de árvores, compromisso de sua campanha municipal.
