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Depois de pouco mais de 20 dias de trabalho, a atuação de 20 nomeados e cerca de 900 voluntários, o grupo de transição do Governo Lula entregou o relatório com o diagnóstico da situação do país, após a análise de áreas como educação, saúde, habitação e meio ambiente. Os pontos identificados devem ser considerados como prioridade, quando o novo presidente assumir o mandato.
O resultado das análises foi divulgado na última quinta-feira (22/12), durante coletiva de imprensa realizada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede da equipe de transição. Na ocasião, a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), o definiu como um “diagnóstico preciso” e disse que foi constatado um “alto grau de destruição” deixado pela gestão do então presidente Jair Bolsonaro.
Na educação, foi constatado que os níveis de aprendizagem diminuíram, a evasão escolar aumentou e houve o congelamento de recursos essenciais, como da merenda escolar, além de um colapso dos institutos e das universidades, com cortes de verbas. Também ocorreram cortes, de cerca de 90%, nos recursos para a cultura.
Na saúde, houve registro de queda nos números de vacinação, alto índice de mortes por Covid-19 e cobertura vacinal baixa para doenças graves, como a poliomielite.
Sobre a segurança pública, foi destacado o aumento do feminicídio, impulsionado pela política armamentista do atual Governo, na análise do grupo.
Na habitação, ocorreu a diminuição dos repasses para o programa Minha Casa, Minha Vida, para a construção de moradias populares destinadas a pessoas de baixa renda. A faixa 1, voltada para pessoas com renda inferior a R$ 1,8 mil, foi praticamente zerada no atual Governo.
Durante a apresentação dos resultados, foi destaque, também, o aumento do desmatamento na Amazônia, com o desmonte de políticas públicas, além da ausência de diálogo com a sociedade civil e de políticas nacionais de meio ambiente integradas na área de Justiça e Segurança Pública.
Ao todo, os trabalhos da transição foram divididos em mais de 30 grupos temáticos, com a coordenação do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) e do ex-ministro Aloizio Mercadante (PT).