Jacira Oliveira
MANAUS – |É contagem regressiva pra valer e com aquela vibração e expectativa pelo hexa, fomentadas no excepcional elenco da seleção brasileira, o comando firme de Tite, os bons resultados obtidos nos últimos jogos e as apostas, mundo afora, no favoritismo brasileiro. Isso tudo anima a torcida, que está enfeitando ruas, fazendo suas reservas para o ‘churras’ de lei e agendando encontro de amigos e família para tornar a assistência uma verdadeira festa.
Mas, ainda tem um item que está meio que engasgado na garganta do brasileiro e isso vem da política porque, ao longo dos últimos quatro anos, os bolsonaristas praticamente sequestraram as cores da bandeira brasileira e, com a polarização, muita gente que está do outro lado, apoiando o presidente eleito Lula, ainda se sente um tanto desconfortável e constrangida em usar a camisa verde e amarela. Mas há, também, uma parcela considerável desse outro lado que opina: são as nossas cores, é legítimo e oportuno usá-las. E não deixam de ter razão pois, tanto as cores da bandeira quanto a seleção brasileira representam uma nação inteira, não a metade dela.
Uma expressão recente, usada pelo presidente eleito, voltou a colocar mais lenha na fogueira: “Eu vou usar verde e amarelo para torcer pelo Brasil, mas o número da minha camisa é 13”, disse. Nas redes sociais e nos grupos de família, tão dividida pela política, o assunto voltou a ser encarado com mais leveza: “pode usar, o Lula autorizou”, brincam, resgatando um mote utilizado pelo deputado federal André Janone, durante a campanha eleitoral.
Para todos os gostos – Mas, para quem resiste a usar a amarelinha, o mercado oferece variados modelos que contemplam das tradicionais verde e amarela às atualíssimas azuis e também os modelos estilizados que são ofertados em uma gama excepcional de cores. Oficialmente, são oito modelos, com uma dessas camisas, em azul e padrões representando a onça amazônica nas mangas, fazendo tanto sucesso que esgotou em poucas horas no site oficial de venda, mas já podem ser encontradas no comércio, normalmente.
O grupo SBF, que controla a Centauro e a Fisia (distribuidora oficial da Nike no Brasil) estima negócios da ordem de R$ 250 milhões em vendas de itens da Copa do Mundo em um período de, aproximadamente, quatro meses (de agosto, aproveitando o Dia dos Pais, até o final do campeonato). Já o comércio de Manaus trabalha com a expectativa de crescimento de 50% das vendas de itens da copa (camisa, decoração, entre outros), nos próximos dias.
O comércio varejista já começa a sentir, muito forte, essa demanda da clientela, com o crescimento, nos últimos dias, da busca pelas tão sonhadas camisas. Em média, elas são vendidas por R$ 50 nas lojas da cidade. Nos sites de compra também existem ofertas com valores próximos a esse. Já as camisas oficiais têm preços que variam de R$ 99 a R$ 299 (a tradicional, verde e amarela).
Mas, os próprios comerciantes admitem que esses preços podem dobrar ou até mesmo triplicar, dependendo do desempenho da seleção brasileira na Copa e isso segue uma lógica de mercado: quanto mais tempo a seleção ficar, mais a procura pelas camisas vai aumentar e, consequentemente, seus preços também.
O número dos jogadores – Logo após o anúncio oficial dos convocados pelo técnico Tite, a CBF também anunciou o número das camisas que cada um vai usar que, pela primeira vez, vai até o número 26. Isso também dá uma outra oportunidade para o torcedor, que é a de personalizar sua camisa, com o número do seu jogador favorito. Veja abaixo como ficou numeração.
- Alisson
- Danilo
- Thiago Silva
- Marquinhos
- Casemiro
- Alex Sandro
- Lucas Paquetá
- Fred
- Richarlison
- Neymar
- Raphinha
- Weverton
- Daniel Alves
- Éder Militão
- Fabinho
- Alex Telles
- Bruno Guimarães
- Gabriel Jesus
- Antony
- Vinícius Júnior
- Rodrygo
- Everton Ribeiro
- Ederson
- Bremer
- Pedro
- Gabriel Martinelli