Cientistas confirmam 2023 como ano mais quente já registrado no mundo

A temperatura média no mundo no ano passado foi de 14,98° C, ou seja 1,48° C a mais que o clima da era pré-industrial (1850-1900)

Confirmando oficialmente o que já previam, cientistas do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), da União Europeia, anunciaram que o ano de 2023 bateu o recorde como o mais quente da história. A elevação da temperatura média atingiu 1,48ºC, praticamente atingindo o limite estabelecido pela comunidade internacional em Paris, em 2015.

De acordo com o relatório anual do observatório europeu do clima Copernicus, divulgado nesta terça-feira (09/01), a temperatura média global do ano passado registrou 14,98°C. Isso representa um acréscimo de 1,48°C em relação ao período climático pré-industrial (1850-1900). Este novo recorde ultrapassa em +0,17° C o precedente, de 2016.

Desde junho, todos os meses foram os mais quentes já registrados no mundo, em comparação com o mês correspondente dos anos anteriores.

“Foi um ano excepcional, em termos de clima… em uma liga própria, mesmo quando comparado a outros anos muito quentes”, disse o diretor do C3S, Carlo Buontempo.

O histórico Acordo de Paris de luta contra a mudança climática foi assinado por quase 200 países em 2015 para tentar controlar o aumento da temperatura média ao máximo de 2º C, e idealmente em +1,5º C.

A temperatura média da superfície marinha, outro indicador fundamental, também está batendo recordes em todos os oceanos do mundo, advertiu Copernicus.

Os indicadores marinhos são um dado fundamental porque o mar serve como regulador da temperatura planetária, absorvendo excessos de calor e de CO2.

O fenômeno El Niño acentuou os registros inquietantes, e ajudou a perturbar o clima em todos os cantos do planeta, desde grandes incêndios no Canadá até secas extremas em África, no Oriente Médio, ou altas temperaturas em pleno inverno na Austrália ou no Cone Sul. 

O Copernicus tem um banco de dados que remonta a 1850, mas as temperaturas registadas em 2023 “provavelmente excedem as de todos os períodos durante pelo menos 100.000 anos”, disse Samantha Burgess, vice-diretora do Copernicus Climate Change Service (C3S). 

“2023 foi um ano excepcional, com os recordes climáticos caindo como dominós, acrescentou.

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