Ao participar da inauguração de uma fábrica 100% nacional de ônibus elétricos, em São Bernardo do Campo (SP), na tarde dessa sexta-feira (2), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia não será assinado sem que haja ajuste na proposta.
“Os que os europeus querem no acordo? Que o Brasil abra as portas para compras governamentais. Ou seja, eles querem que o governo brasileiro compre as coisas estrangeiras ao invés das coisas brasileiras. E se eles não aceitarem a posição do Brasil, não tem acordo. Nós não podemos abdicar das compras governamentais que são a oportunidade das pequenas e médias empresas sobreviverem neste país”, disse Lula em discurso a empregados e dirigentes da Eletra, empresa especializada em veículos elétricos.
Necessidade de reindustrialização
Durante seu discurso, Lula ressaltou a importância de o Estado brasileiro atuar para reindustrializar o país. Ele destacou que a indústria, que já representou mais de um terço da renda nacional, hoje corresponde a aproximadamente 11% do Produto Interno Bruto (PIB).
O presidente defendeu a política de compras governamentais como uma forma de impulsionar o desenvolvimento da indústria nacional e gerar empregos e renda no Brasil.
Crescimento econômico e exportações
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também esteve presente no evento e comemorou os resultados econômicos do país. Alckmin destacou o crescimento de 1,9% do PIB no primeiro trimestre, posicionando o Brasil entre os cinco maiores crescimentos registrados nesse período.
Além disso, ressaltou o recorde de exportações em maio, atingindo US$ 33 bilhões, e um saldo positivo de US$ 11,4 bilhões na balança comercial.
Matéria publicada originalmente pela Agência Brasil