Durante evento de celebração do Dia Mundial do Meio Ambiente, no Palácio do Planalto, nessa segunda-feira (5), a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, anunciou que o governo federal vai retomar o programa “Bolsa Verde”, que fazia pagamentos a famílias que vivem em áreas de reserva extrativista e comunidades tradicionais da Amazônia.
Segundo a ministra, a retomada do programa é uma forma de estimular a preservação da floresta e promover a regeneração de áreas degradadas.
“Essas famílias receberão uma ajuda do Estado como pagamento pelos serviços que eles prestam para a proteção do meio ambiente. Cerca de 80% das florestas protegidas no mundo estão sob domínio dessas comunidades tradicionais. Isso tem a ver com o reconhecimento do papel que essas comunidades têm para manter os serviços ecossistêmicos preservados”, afirmou a ministra a jornalistas.
O programa, criado em 2011 pelo governo da então presidente Dilma Rousseff, foi encerrado ainda em 2017, durante o governo de Michel Temer, que sucedeu Dilma após o impeachment de 2016.
O valor e a periodicidade dos pagamentos do programa não foram detalhados por Marina Silva, mas, segundo ela, a iniciativa deverá abranger, inicialmente, cerca de 30 mil famílias. Na versão anterior do programa, os pagamentos alcançaram mais de 70 mil beneficiários.
O recurso será pago inclusive para famílias que já recebem outros benefícios, como o Bolsa Família. A ideia é que, mais adiante, o programa contemple comunidades tradicionais que vivem em outros biomas, como o Cerrado e a Mata Atlântica.
Matéria publicada originalmente pela Agência Brasil*