MANAUS – |Os dois últimos meses do ano estão recheados de datas propícias para o consumo. Além do Natal e Réveillon, a Copa do Mundo promete ser um período farto para o varejo. Soma-se a isso o fato de o evento esportivo começar cinco dias antes da Black Friday.
Um levantamento da Nielsen com a Toluna aponta que eletrodomésticos e celulares representam 59% e 57%, respectivamente, dos desejos de consumo dos brasileiros para a Black Friday de 2022. Em seguida, vem vestuário com 56%.
Já um levantamento realizado em maio de 2022 pela Behup relaciona o consumo da Copa do Mundo com a Black Friday e aponta que as categorias que lideram a expectativa deste ano são roupas e acessórios (20%), eletrônicos (15%) e compras de supermercado (14%).
Com a sexta-feira mais aguardada do ano se aproximando, é comum a pergunta: esperar ou não a data para ir às compras? De acordo com Claudio Dias, CEO da Magis5, não há uma resposta exata, porém, boa parte dos lojistas antecipa as promoções para o início de novembro.
“Tem o Black November que os marketplaces realizam já no começo de novembro e oferece aos consumidores mais possibilidades de comprar o que desejam antecipadamente. Artigos como camisas do Brasil podem ser comprados semanas ou dias antes do dia 25 com desconto, e já poderão ser usados no primeiro jogo da seleção”, comenta Claudio Dias, CEO da Magis5.
Claudio alerta aos empreendedores que é fundamental entender o comportamento do consumidor antes de pensar em ações antecipadas para não se precipitar. “É preciso que cada empresa conheça o seu público/persona e se prepare para que o estoque não falte, a entrega seja rápida e o atendimento pontual”, sublinha.
Contudo, segundo o CEO, quem deseja esperar a sexta-feira pode ser uma alternativa melhor, ou, então, a Cyber Monday, que acontece na segunda-feira seguinte à Black Friday, já que esses períodos são tradicionais e podem surgir preços mais acessíveis e promoções pontuais. Para não sair atrás da concorrência, vale criar expectativa com gatilhos mentais como o de antecipação, do tipo “aguarde”, desde que as ações cumpram com aquilo que for ofertado. “Outra dica é acompanhar os preços desde agora e monitorar as variações ao longo dos dias para ver se realmente compensa comprar antes ou esperar”, ressalta Claudio.
Expectativas do Mercado Livre – As pesquisas da Nielsen com a Toluna e Behup apontam que os maiores índices de consumo entre a Black Friday e Copa serão eletrônicos, roupas e acessórios, respectivamente. Entretanto, o Mercado Livre acredita que a venda de comidas e bebidas no período da Copa seja 37% maior do que a de eletrônicos pelos lojistas do seu marketplace.
Isso explica o comportamento do consumidor diante de um dos eventos mais aguardados do ano. “As pessoas têm o hábito de se reunir para assistir aos jogos consumindo bebidas e petiscos, seja pela TV ou por smartphones com tecnologia mais avançada”, destaca o CEO.
Black fraude: como lidar – A falta de informação do preço adequado, produto indisponível, mudança de preço ao finalizar a compra são algumas das ocorrências registradas pelo Procon no país durante a Black Friday.
Para evitar esses transtornos, Dias aconselha que, antes de buscar os produtos no site para fazer as compras, é importante pesquisar a reputação da empresa, seja no Reclame Aqui ou avaliações nas redes sociais. Outra opção é conferir se o site tem o certificado de segurança. “Avalie os mesmos produtos em sites distintos e desconfie daqueles que oferecem descontos discrepantes. Isso pode indicar golpes para atrair pessoas que querem preços baixos em produtos com ticket alto, por exemplo”, endossa.
Comprar em grandes marketplaces se torna mais confiável, já que existe a intervenção das empresas que zelam pela reputação. Caso o consumidor tenha algum problema, eles conseguem ressarcir o valor do produto de maneira rápida, além de ser possível conferir se determinada loja tem boa avaliação no site, se responde seus clientes rapidamente e com muitas opções para realizar suas compras.