A apresentadora Angélica, depois de revelar pela primeira vez um assédio sexual sofrido aos 15 anos, entrou de vez na campanha para quebrar o silêncio e abrir o diálogo em casos de violência contra a mulher. “O primeiro passo é não silenciar”, afirmou Angélica, em entrevista ao programa Encontro com Fatima Bernardes.
Angélica relembrou o caso de violência sexual sofrido, quando tinha 15 anos e fazia um ensaio fotográfico em Paris. “Um grupo de homens chegou perto, mais perto, mais perto e eu estava atrás de um carro. Eles encostaram, passaram a mão em minha bunda, perna, corpo inteiro e ninguém viu. Eu fiquei petrificada”, afirmou. “Eu lembro até hoje. É uma coisa fortíssima”.
De acordo com o depoimento da apresentadora, hoje se sabe que isso constitui um crime de violência, mas que é comum as pessoas minimizarem o problema. “A violência não precisa ser um estupro para ser uma violência. Pode ser ‘menor’, como foi comigo, mas é violência mesmo assim e não pode acontecer”, disse Angélica, reforçando a necessidade de quebrar o silêncio.
“O primeiro passo é esse: falar e não silenciar. Não deixar nossas meninas e nossos meninos sem informação. Fico feliz de ser convidada para falar nessa campanha contra a exploração sexual de crianças e adolescentes”, finalizou.
