Nesta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu o aval para o início de uma nova fase dos testes clínicos da vacina SpiN-Tec MCTI contra a Covid-19, desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A autorização representa a penúltima fase antes da disponibilização para a população. Essa é a primeira vacina totalmente produzida no Brasil a chegar nesse estágio.
Conforme declarado pela Anvisa, a finalidade desta próxima etapa é adquirir informações suplementares sobre a segurança e a resposta imunológica utilizando a dose que demonstrou maior eficácia na fase inicial. Nesse sentido, a UFMG está recrutando voluntários.
Os principais critérios para participar do recrutamento de voluntários são:
- Possuir entre 18 e 85 anos;
- Ter recebido as doses iniciais de CoronaVac ou AstraZeneca; e o reforço com Pfizer ou AstraZeneca antes de março (ou seja, há pelo menos 6 meses);
- Não ter contraído Covid-19 ou contraído a doença no máximo até março (ou seja, há pelo menos 6 meses);
- Ter disponibilidade para participar de acompanhamentos presenciais em Belo Horizonte.
Pessoas com doenças crônicas controladas (como hipertensão, diabetes e outras) também podem se inscrever. Elas passarão por uma avaliação médica para conferir se podem ou não participar dos testes clínicos.
Entre as pessoas cadastradas, o CTVacinas e a Unidade de Pesquisa Clínica em Vacinas (UPqVac) da UFMG farão uma triagem para selecionar os voluntários: são 360 para a fase 2.
A equipe encarregada dos testes clínicos fará contatos regulares com os voluntários a fim de acompanhar seu bem-estar. Além disso, os participantes realizarão sete visitas pré-agendadas ao UPqVac, na Faculdade de Medicina da UFMG, para a administração da dose. As datas das visitas estão programadas da seguinte forma:
- Com 1 semana após a aplicação;
- Duas semanas;
- 28 dias;
- 90 dias (3 meses);
- 180 dias (6 meses);
- 270 dias (9 meses);
- 360 dias (cerca de 1 ano).
“É mais um marco para o desenvolvimento desta vacina, um marco para a ciência brasileira, para a UFMG e para o Centro de Tecnologia de Vacinas (CTVacinas). Estamos muito felizes que a SpiN-TEC recebeu aprovação para seguir”, afirma o coordenador dos testes clínicos da vacina, Helton Santiago.