Streamings estão em alta, mas cinema se mantém como queridinho de muitos espectadores

Durante o isolamento social da pandemia de Covid-19, as plataformas de streamings foram as companheiras fiéis de grande parte da população. Nos últimos anos, os serviços investiram pesado em conteúdo próprio para sair na frente da concorrência e atrair mais consumidores. No entanto, passado o período de crise sanitária, os cinemas voltaram com tudo e, com a experiência que somente esse ambiente pode proporcionar, mostram que ainda são os queridinhos por muitos consumidores.

Esse é o caso da social media Giovanna Rebouças, que, mesmo tendo acesso a Netflix, HBO, Star+, Disney+ e Prime Video, manteve as idas ao cinema como parte da sua rotina.

“Acredito que a experiência de ir ao cinema é insubstituível, porque proporciona um lazer que vai muito além do filme em si que será visto, mas também uma oportunidade de imersão e conforto surreais”, afirma.


Ela ainda cita entrevistas em que o diretor de cinema James Cameron declarou que os cinemas são mais sobre a vontade das pessoas por essa experiência em grupo e sobre esse acordo que é feito entre você e o filme de passar aquele tempo ali focado nele, do que sobre estar assistindo em uma tela grande

“E eu concordo 100%!. Fora, claro, a nostalgia e apego que nós temos à experiência de ir ao cinema”, disse a social media, que chega a frequentar as salas de cinema ao menos duas vezes ao mês. Assassinos da Lua das Flores e as biografias de Gal Costa e do Mussum são os próximos filmes da lista da cinéfila.

A paixão pela sétima arte levou Giovanna a criar com amigos, em 2021, o 4por4 Podcast para falar sobre filmes e séries e desde então ela passou a criar seu próprio conteúdo no Instagram focado em entretenimento.

Quem também está sempre “batendo ponto” no cinema é a jornalista Camila Henriques. “É uma experiência diferenciada, assistir filmes na maior tela possível, sala escura, som… Tudo isso ajuda na imersão. É um ritual, de certa forma. Mas também não sou purista. Acredito que você deve ver o filme nas condições que couberem na sua rotina e na sua realidade”, defende.


Camila conta que não frequenta tanto quanto gostaria devido à baixa oferta de filmes legendados e em horários que casem com o seu. “Além disso, cinema é um entretenimento cada vez mais caro, o que é uma pena, porque nenhuma experiência de espectador se compara a ver o filme na telona”, disse.

Além de cinéfila, a jornalista também é crítica de cinema. Desde 2015, Camila escreve para o portal Cine Set e possui um podcast sobre cinema, o Sábado Sem Legenda. Ela também faz parte da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) e do Coletivo Elviras, que reúne críticas de todo o país.

Ela também é assinante de uma variedade de streamings, que vão dos mais populares até aqueles que fogem dos blockbusters e trazem no seu catálogo filmes clássicos, como o Belas Artes, e produções independentes, como o Mubi. Camila  afirma que assiste a todos os gêneros. “O importante é que o filme seja bom”, disse.

Outra jornalista que se tornou crítica de cinema é Ana Sena, que, nos últimos anos, investiu em alguns cursos, entre eles, o de roteiro para cinema e crítica de cinema. Fã de filmes de terror, comédia romântica e drama francês, ela comenta que também costuma explorar filmes de diferentes gêneros e nacionalidades. 

“Antes da pandemia, eu costumava ir ao cinema toda semana, tanto por conta da diversidade de filmes quanto para ver os festivais de cinema internacional que passaram a ser oferecidos aqui,  trazendo filmes que não chegavam a Manaus”, disse Ana, que hoje chega a frequentar as salas de cinema duas vezes ao mês.


Para ela, todos os filmes deveriam ser assistidos na sala de cinema. “Cada obra é única e somada ao ambiente imersivo do cinema, sem distrações, é uma experiência que por si só vale a pena”, avalia a jornalista Ana Sena.

Natural de Itacoatiara, a cinéfila comenta que a paixão pela sétima arte surgiu do hobby de assistir DVDs.

“Meu brinquedo favorito era sentar na frente da TV e ver filmes”, lembra a cinéfila, que atualmente coleciona assinaturas em streamings, como Netflix, Amazon Prime, Globoplay, Star +, HBO e Mubi. 

Olívia de Almeida
Olívia de Almeida
Jornalista com 15 anos de experiência, como repórter de jornal impresso e assessoria de imprensa. Fã de rock and roll e apaixonada por gatos.

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