Por Roseane Mota*
Todo mundo na infância deve ter ouvido essa pergunta.
“Alguma coisa importante, um cara muito brilhante”, como disse Raul Seixas em uma linda e instigante canção sobre sucesso e fracasso ou, simplesmente, alguém que sonhou e foi capaz de realizar o que se propôs?
Antes de responder, lembre-se: o que esperam da gente não faz a menor diferença. Somos nós que fazemos o nosso caminho, escrevemos nossa história.
Por que será que, desde criancinhas, somos estimulados a desenvolver nossas habilidades e competências? Está no instinto de sobrevivência do ser humano, desde quando era um nômade caçador e aprendeu a manusear ferramentas, até descobrir que podia acender o fogo, que era capaz de cultivar, pastorear e fincar o pé em algum chão para chamar de seu e ali construir seu legado.
Nada foi obra do acaso. Houve vontade de realizar, de prosperar e o desejo de mudar o mundo ao seu redor.
Construir uma carreira é, sobretudo, planejar seu legado. É fazer parte da engrenagem do mundo, como uma peça de quebra-cabeça que vai fazer falta se não estiver lá. É, também e, principalmente, autorrealização.
Algumas pessoas parecem que já nascem com uma vocação. Outras vão descobrir um pouco mais tarde. E isso é perfeitamente compreensível.
A minha, por exemplo, começou a despertar ainda na sexta série do Ensino Fundamental, quando uma professora sugeriu que eu poderia estar copiando texto de algum livro. A sorte é que ainda não existia a Inteligência Artificial, como conhecemos agora, ou estaria mais encrencada. Mas, de verdade, sou grata, porque ela acendeu a chama.
Todos nós viemos com um propósito no universo. O que nos diferencia é a forma que decidimos como vamos realizar esse papel. Se seremos só a peça na engrenagem ou se vamos deixar nossa marca por onde passamos.
Na busca pelo grande sonho de carreira, tentar não é a melhor opção. Descobri isso na mentoria da Patrícia Y. Agopian, com quem aprendi que nós podemos tudo aquilo que verdadeiramente quisermos. Portanto, melhor que dizer que vai tentar, é dizer que vai fazer até dar certo.
Mas, se hoje não funcionou, tudo bem. Deus, o Criador, fez o amanhã e nos deu a oportunidade de recomeçar todos os dias.
Nunca encare erros e falhas como fracasso, mas como oportunidade de aprendizado. Identifique, reveja seu plano e corrija a rota.
Se você sonhou, você pode. Mas também esteja certo de que nada vai cair no seu colo, como um golpe de sorte.
Até a sorte não vem de graça. É preciso ter pensamentos positivos e construtivos. Pensamentos positivos atraem sentimentos positivos e quem está de bem com a vida está muito mais propenso a prosperar. É como se houvesse uma força universal pronta para sabotar o pessimista e premiar o otimista.
Também não vale o sonho pelo sonho. Aquele desejo ardente, que a Silvana Alves, com quem pratico meditação de grupo, outro dia descreveu com tanta propriedade, só funciona se vier acompanhado de um plano de ação, com um objetivo claro e definido.
Grande ou pequeno, fácil ou difícil, não importa o sonho. Todo mundo tem seus objetivos. É isso que nos move, o que nos faz acordar todos os dias. Seja por nós mesmo, seja por quem amamos, seja pelo que acreditamos ou buscamos.
Quando pensar no seu propósito e seu objetivo, trace um plano, uma estratégia, defina as metas. Primeiro as pequenas, de grão em grão… como no velho ditado da vovó. E comemore, agradeça por cada conquista.
Ao olhar pelo retrovisor, você vai se orgulhar e reconhecer o poder que tem.
E tenha a certeza de que não estamos aqui só pela sobrevivência. É também pelo prazer de viver bem. De ser feliz com o que fazemos.
Então, voa!
(Artigo Publicado originalmente no Portal Amazonas Atual)