MARÇO ROXO: COMO EVITAR O CÂNCER DO COLO DO ÚTERO

Além de estar relacionado ao Dia Internacional da Mulher, que é comemorado no dia 8 de março, o mês também é dedicado à campanha de prevenção e combate ao câncer de colo do útero. Hoje, a doença é a principal causa de morte entre mulheres em idade reprodutiva no Amazonas.

Segundo o Ministério da Saúde, 6 mil mulheres morrem de câncer do colo do útero, por ano, no Brasil. A cada 100 mil brasileiras, com idade entre 25 e 64 anos, 49 são diagnosticadas com esse tipo de câncer, que é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina.
Especialistas reforçam a importância dos métodos de prevenção deste tipo de tumor: o sexo seguro e a vacinação contra o papilomavírus humano. Conhecido por HPV, o vírus tem transmissão sexual e provoca mais de 95% dos casos de câncer uterino.

Diferentes subtipos do papilomavírus humano (HPV) são os principais responsáveis pelos casos desse tipo de câncer. São sexualmente transmissíveis e causam lesões na vagina, colo do útero, pênis e ânus. Melhorar a prevenção do câncer do colo do útero é um dos principais objetivos da saúde pública.

Prevenção e Vacina contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV)

Apesar da importância da proteção vacinal, as taxas de vacinação estão diminuindo em todo o mundo. De 2019 a 2021, a cobertura vacinal com a primeira dose caiu de 25% para 15%. Para reverter a situação, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou recentemente uma vacina em dose única como esquema alternativo para meninas, adolescentes e jovens de 9 a 20 anos. A OMS baseia-se em evidências que surgiram nos últimos anos, mostrando que esse regime tem eficácia comparável a regimes de duas ou três doses.

No Brasil, a vacina é administrada na rede pública em duas doses para meninos e meninas de 9 a 14 anos, com intervalo de seis meses. Para adolescentes maiores de 15 anos que não tenham sido imunizados anteriormente, o calendário vacinal prevê três doses. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) também oferece vacinação para homens e mulheres com idade até 46 anos que vivem com HIV, foram transplantados ou estão em tratamento contra o câncer. A vacina está disponível na rede privada de imunização para pessoas de 9 a 59 anos.

Outra medida preventiva é a detecção de lesões pré-malignas no colo do útero. Essa detecção é realizada pelo preventivo (Papanicolaou), seguido de um exame colposcópico.

Quando esse tipo de lesão é detectado, a paciente precisa passar por uma conização, que é um pequeno procedimento cirúrgico no qual a parte do colo do útero que representa uma inflamação altamente pré-cancerosa é retirada em forma de cone, evitando o câncer.

O Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM), oferece o procedimento de conização na FCecon, Policlínica Gilberto Mestrinho e Hospital Delphina Rinaldi Aziz.

HPV

O HPV consiste em mais de 200 subtipos e é dividido em grupos de baixo e alto risco. Os subtipos de baixo risco não causam câncer, mas podem provocar o aparecimento de verrugas nos órgãos genitais, ânus, boca e garganta. Dos 14 subtipos de alto risco, dois deles – 16 e 18 – respondem por sete em cada dez casos de câncer associados a esse vírus.

A infecção por HPV é muito comum, mas a maioria é combatida pelo sistema imunológico. A contaminação e o câncer de colo do útero podem ser evitados com sexo seguro e vacinação contra o papilomavírus humano. O vírus, conhecido como HPV, é transmitido sexualmente e causa mais de 95% desse tipo de câncer. O Ministério da Saúde recomenda o exame Papanicolaou regular para mulheres de 25 a 64 anos.

Doença e tratamento

Os sintomas mais comuns do câncer do colo do útero são sangramento e dor durante a relação sexual, muitas vezes assintomáticos nos casos iniciais. Nos casos detectados muito precocemente, o tratamento consiste em cirurgia com retirada apenas do colo do útero. Na maioria dos casos é necessário retirar o útero e o colo do útero. Em casos mais avançados, mas com o tumor ainda localizado no útero e tecidos adjacentes, são indicadas radioterapia e quimioterapia. A quimioterapia é usada para doença metastática.

Em 2022, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou duas novas imunoterapias para câncer de útero. Pembrolizumab é recomendado para casos de metástase ou recidiva, após cirurgia, quimioterapia e radioterapia. O tratamento é combinado com quimioterapia. Cemiplimabe é indicado em mulheres com câncer metastático que progrediu após a quimioterapia.

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