Por Daniel Santos
No dia 05 de junho, coincidentemente, se comemora o Dia Internacional do Meio Ambiente e o Dia Nacional da Reciclagem. Os temas têm muita relação entre si, mas atualmente com realidades totalmente diferentes.
Os problemas ambientais estão cada dia mais intensos e vêm causando consequências danosas a todos os seres vivos, principalmente, em relação às questões climáticas.
O setor de reciclagem, por sua vez, está em êxtase, com um produto que há muito tempo vem se destacando com os bons números alcançados: a latinha de alumínio. A linha do tempo mostra a importância desse segmento. Na década de 90, o Brasil reciclava menos da metade do que era produzido pela indústria. No início do ano 2000, esse percentual começou a aumentar progressivamente.
Nos últimos anos, o país recicla quase 100% das latinhas que são colocadas no mercado. Se observarmos em nosso dia-a-dia, é difícil encontrar latinhas jogadas pelas ruas e calçadas das cidades brasileiras. Esse exercício fica mais evidente, quando estamos em algum evento onde são comercializadas bebidas em latas. Após o consumo, ao serem jogadas no chão, elas são rapidamente coletadas, para serem encaminhadas à reciclagem.
A palavra-chave para esse sucesso se chama logística reversa, que é o reflexo das ações que veem sendo feitas desde 2020, entre as organizações que representam os fabricantes, o poder público e as associações e cooperativas de catadores. Entre as ações estão assinatura de termo de compromisso, educação ambiental, fortalecimento dos catadores, elaboração de guias de reciclagem, dentre outros compromissos.
De acordo com o relatório da Associação Brasileira de Produtores de Lata de Alumínio (Abralatas 2022), cada brasileiro consome, em média, 156 latas por ano. O país ocupa o terceiro lugar nesse tipo de consumo no mundo, atrás somente de China e Estados Unidos.
Em 2022, o Brasil conseguiu um índice de reciclagem maior que a produção de material: foram 390 mil toneladas recicladas e a indústria produziu 389 mil toneladas de latas (Recicla latas/Abal).
Na esteira desse número, a reciclagem da lata promove – a cada tonelada de alumínio – a redução de até 70% das emissões de gases de efeito estufa. A cada 1 kg de alumínio reciclado a economia de energia elétrica é de 95%, evitando a extração de 5g de mineral bauxita. A reciclagem de latas injeta em torno de R$ 6 bilhões na economia do país, conforme dados da Abralatas.
Na busca pela embalagem ideal, atualmente, a lata de alumínio é a melhor opção, pois coloca em prática o conceito de economia circular, de forma mais sustentável possível.