O Governo Federal intensificou as ações de combate às queimadas no Amazonas, que já atingiram mais de 1,6 mil focos de incêndio. Em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (13), os ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, apresentaram a estratégia para conter o fogo.
Segundo os ministros, 289 brigadistas estão atuando na região afetada, que abrange principalmente o sul do estado e regiões próximas à capital Manaus.
“O ministério atua nas unidades federais, mas nós estamos ajudando, de forma suplementar, os estados e queremos estar presentes, com todo o nosso efetivo, nas áreas que mais precisam. Já disponibilizamos especialistas para trabalharem nas ações de planejamento. Combater o fogo requer muita eficiência técnica, persistência e capacidade de atuar em situação de risco, então exige uma ação coordenada”, afirmou a ministra Marina Silva.
Waldez Góes destacou a atuação da Defesa Civil Nacional no Norte do País. “Já são 55 municípios com reconhecimento federal de situação de emergência decretado. Estamos trabalhando arduamente para aprovar os planos de trabalho para autorizar o repasse de recursos com celeridade. Recebemos, pelo Sistema Integrado de Informações sobre Desastres, o S2iD, 23 planos e esperamos receber o restante nos próximos dias. Além disso, temos feito uma bateria de reuniões com agentes de defesa civil municipais e estaduais, prefeitos, parlamentares quase diariamente, para orientá-los a enfrentar essa situação”, disse.
Entre as primeiras medidas adotadas, estão a doação de 200 kits de equipamentos para os brigadistas, a disponibilização de dois helicópteros, campanha para prevenção dos incêndios florestais, intensificação da fiscalização e responsabilização dos infratores e apoio, com equipe especializada, para resgate de fauna.
Desafios
Técnicos do Ibama e do ICMBio afirmam que a seca prolongada na Amazônia é resultado do fenômeno El Niño, que foi agravado pela mudança climática. Essa seca afeta a navegabilidade dos rios, dificultando o transporte de suprimentos essenciais para a região. Chegar a áreas remotas, como Tabatinga, por exemplo, pode levar semanas. Essa situação se soma à ocorrência de incêndios florestais que têm devastado a vegetação, colocando em risco a biodiversidade e a saúde da população.
O Governo Federal está trabalhando em estreita colaboração com os governos estaduais e municipais, bem como com organizações da sociedade civil, para fornecer ajuda humanitária, recursos e assistência em áreas afetadas.
