Órgãos federais têm até o dia 29 de setembro para aderir ao Concurso Unificado Nacional, modelo inédito de concurso público que será realizado pelo governo federal. A proposta é criar uma prova única, semelhante ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), para selecionar candidatos a cargos públicos em todo o país.
Segundo governo federal, o objetivo do novo modelo é democratizar o acesso ao serviço público federal através de uma única prova, que de acordo com a proposta inicial será realizada em 180 cidades do país, simultaneamente.
O “Enem dos concursos públicos”, prevê uma única prova, objetiva, a ser aplicada para todos os candidatos. E uma outra específica e dissertativa, de acordo com a área de atuação que o candidato escolher.
A partir de agora, os candidatos a concursos públicos federais poderão concorrer a mais de um cargo com base na mesma nota. As cotas raciais continuarão a reservar 20% das vagas para negros e pardos, e os cargos que já exigiam outros critérios de seleção, como prova de títulos ou cursos de formação, continuarão a exigir.
Inicialmente, o concurso inicialmente abrangerá todas as cinco regiões do país, sendo selecionadas com base em critérios como localização e tamanho populacional. A maioria das vagas disponíveis se destina a Brasília, embora o exame seja realizado em diversos outros municípios. Alguns órgãos, no entanto, oferecem vagas distribuídas por diferentes regiões do país.
O cronograma do Concurso Nacional Unificado, previsto para o ano de 2024, ainda está sujeito a alterações. Os órgãos públicos interessados em participar do certame têm até o dia 29 de setembro para assinar o termo de adesão. Com a confirmação das vagas, o governo federal publicará o edital, que deve sair em dezembro. A prova, inicialmente prevista para o fim de fevereiro, foi adiada para março.
O governo diz que esse modelo para entrada no serviço público federal é mais democrático que o anterior, e que aumenta as chances de candidatos serem aprovados.
A princípio, as áreas que farão o concurso unificado serão:
- Administração e Finanças Públicas
- Setores Econômicos, Infraestrutura e Regulação
- Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação
- Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário
- Políticas Sociais, Justiça e Saúde
- Trabalho e Previdência
- Dados, Tecnologia e Informação Pública