Olívia Almeida
MANAUS – |Desde o início da pandemia as chamadas “cozinhas fantasmas”, restaurantes exclusivos para delivery ou retirada de pedido, cresceram consideravelmente em Manaus. Basta abrir o aplicativo de entregas e notar que a cada dia surge um novo restaurante com foco nesse negócio.
Apesar desse modelo de restaurante ter se popularizado nos últimos anos, algumas empresas já atuam nesse mercado há bastante tempo ou optaram por fechar o restaurante físico e atuar apenas com delivery.
É o caso do Santé Comida Saudável, que opera há seis anos na cidade, porém, com a chegada da pandemia, o chef Beto Pinto optou por trabalhar apenas com delivery. “Já tínhamos planos para fazer essa migração, mas a pandemia adiantou esse processo”, relata.
Equipe e estrutura reduzida, menor custo de aluguel e gasto com energia são algumas das vantagens das “cozinhas fantasmas” apontadas pelo chef do Santé.
O restaurante já era referência no delivery de refeições saudáveis e, segundo o chef Beto, pouco mudou na operação, pois os padrões já eram superiores aos solicitados pelos órgãos durante a pandemia.
“Nossa meta, agora, é diversificar nossa receita com fornecimento de alimentos congelados amazônicos, como hambúrgueres de tucumã e almôndegas e linguiças de açaí, todos veganos e funcionais, enviando para outros estados também”, revela Beto.
Outro restaurante que passou a operar exclusivamente como “cozinha fantasma” durante a pandemia foi o Naoca, que atua há nove anos. “A vantagem é a redução drástica nos custos de operação, mas o desafio é manter-se atraente em um mercado em que a concorrência aumentou exponencialmente”, diz o responsável pelo empreendimento, Walber Cabral.
Sem citar números, ele revela que a experiência tem sido positiva, com aumento significativo nas vendas. ” Antes da pandemia, tínhamos um perfil específico de cliente, mas hoje o delivery é uma realidade em todos os segmentos e a tendência é de crescimento, devido a vários fatores, principalmente segurança e comodidade”, acredita Cabral.
No entanto, ele conta que possui o objetivo de reabrir o salão para receber clientes. “Iremos fortalecer o delivery, mas até o fim do ano estou com um projeto para abrir novamente o restaurante para receber os clientes”, adianta.
Quem também apostou em atuar exclusivamente com delivery foi o dono do Weslley’s Restaurante, Weslley Miranda. “Eu já tive espaço físico, mas desde setembro de 2020, comecei a atender exclusivamente com delivery e retirada”, conta o empreendedor.
Miranda revela que, na época, a decisão foi quase “um tiro no escuro”, mas hoje colhe os frutos da escolha, entre eles, não precisar mais pagar aluguel. “É muito mais viável, lucrativo e bem menor o custo”, opina Miranda, que conta com unicamente uma funcionária, a sua mãe Safira, responsável pelo tempero das marmitas.
Para ele, os desafios são os mesmos de um restaurante, principalmente, adequar-se ao mercado devido à instabilidade na economia mundial e nunca deixar cair a qualidade do produto e serviço.
O Saltero Delivery começou a operar em 2019 com restaurante e, no mesmo ano, passou a funcionar exclusivamente como “cozinha fantasma”. “No início apostamos alto, foi evoluindo, mas em pouco tempo veio a pandemia e foi quando o delivery teve maior visibilidade”, afirma a empresária Luana Gama Oliveira.
Em meio à turbulência da pandemia neste cenário mercado de delivery, Luana afirma que foi fundamental ir acompanhando a mudança das regras e os hábitos dos consumidores. “Agora, estamos nos preparando para o pós-pandemia, embora não tenha um final definido. Nossa meta é ficar somente nesse formato”, declara.
Parabéns a todos os empreendedores que por fé,coragem e muita batalha,conquistaram o seu espaço. Destaco aqui o dono do Wesley’s Restaurante q realmente suas refeições é uma delícia já tive o prazer de esperimentar está aprovado. Desejo muito sucesso .