Vanessa Bayma
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MANAUS – | Desde o ano passado o consumidor brasileiro vem sentindo o peso no bolso, na hora de fazer o supermercado e pagar as contas. Os produtos estão mais caros e a inflação fechou o ano de 2021, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com alta de 10,06%, muito acima do esperado, que era 5,25%. Na avaliação do presidente do Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon-AM), Marcus Evangelista, o ano de 2022 é de incertezas, principalmente pelo comportamento da pandemia de Covid-19.
Com alta de casos em todo o Brasil, Marcus Evangelista acredita que as dificuldades econômicas devem permanecer este ano e o amazonense só tem uma opção para driblar a inflação e conseguir fechar as contas: pesquisar preços todo dia. De acordo com o economista, o dólar se mantém em alta, cerca de R$ 5,55, sendo apenas um dos fatores para justificar o aumento de preços de diversos produtos.
“Toda vez que você vai fazer compras o seu dinheiro dá para levar menos produtos. Para amenizar o impacto desses aumentos, é preciso estratégias, e a principal delas é a pesquisa de preços”, explicou o economista.
De acordo com ele, são diversos os fatores que contribuem para a alta da inflação e que impactam no consumo do brasileiro, como o dólar, já citado por ele. Segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), realizada em dezembro de 2021, a inflação gerou uma alta principalmente na alimentação, habitação e depois no transporte. A carne aumentou 16%, o óleo de soja 64%, óleos e gorduras 41,2%, e o arroz 41,8%.
“O governo tem tentado várias manobras para conter esse aumento e frear. Vamos ver como será no decorrer do ano”, disse ele, alertando que por conta disso o ideal é rever, por exemplo, trocar de carro esse ano ou até mesmo financiar uma moradia.
“Não é o melhor momento para financiamentos. Se você usar aquelas linhas que inclusive financiam 100%, é bom refletir e ver se realmente é o momento correto para você assumir esse compromisso”.