Barroso determina que governo federal apresente relatório sobre proteção aos Yanomami

O Ministro Luís Roberto Barroso, membro do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou que o governo federal elabore um relatório abrangente que forneça informações detalhadas sobre as ações destinadas à proteção do povo Yanomami.

Recentemente, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que órgãos federais estão descumprindo determinações da Corte e que o garimpo ilegal nas terras Yanomami aumentou 4% de janeiro a junho de 2023.

Segundo a organização, os descumprimentos foram os seguintes: 

  • supressão dos alertas de garimpo na região;
  • abertura do espaço aéreo depois de 6 dias do fechamento;
  • demora para oferecer ajuda humanitária e entregar cestas de alimentos; 
  • dificuldade no apoio logístico;
  • recusa de segurança as equipes de saúde, comprometendo o apoio;
  • falta de respostas a solicitações consideradas urgentes emitidas pela Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas). 

Em 2021, Barroso havia determinado que o governo federal tomasse rapidamente “todas as medidas necessárias” para proteger a vida, saúde e segurança de populações indígenas das Terras Indígenas Yanomami e Munduruku. 

Além disso, o ministro estipulou que o governo preste informações específicas à União “para se manifestar, detalhadamente, por cada um dos seus órgãos e entidades, acerca dos pedidos acima, com especial atenção à alegação de não entrega de cestas alimentares destinadas à agenda humanitária”, escreveu Barroso.

Os indígenas yanomamis sofre com desassistência sanitária e enfrenta casos de desnutrição severa e de malária. Além disso, há contaminação de indígenas com mercúrio utilizado para o garimpo ilegal. Também há danos ao meio ambiente pela substância. 

O governo de Lula (PT) colocou a pauta yanomami como uma de suas prioridades ambientais e sociais desde o começo do novo mandato. Em janeiro, o presidente viajou para Roraima, onde fica a terra indígena, e prometeu ajuda humanitária.

No dia 21 daquele mês, o Ministério da Saúde decretou estado de emergência na área. No mesmo dia, Lula criou um comitê de emergência para tratar sobre o assunto. 

Os ministros do atual presidente dizem que a situação se agravou por causa de um suposto descaso do governo de Jair Bolsonaro (PL). 

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