Bancos encerram transações via DOC e TEC em 15 de janeiro; entenda

Além do DOC, será extinta a TEC, criada pelo BC para que empresas pagassem salários e benefícios aos funcionários

Os brasileiros poderão fazer transferências via DOC até às 22 horas da próxima segunda-feira (15/01), segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

A data marca o encerramento de uma operação que perdurou por quase quatro décadas, agora considerada obsoleta com a introdução do Pix no mercado, o sistema de transferências instantâneas.

Até lá, será possível marcar transações utilizando esse método de pagamento, com a conclusão agendada até 29 de fevereiro. Esse será o prazo final para os bancos processarem os DOCs enviados pelos clientes.

Junto com o DOC, a TEC também será extinta. Essa modalidade, instituída pelo BC para que corporações realizassem pagamentos de salários e benefícios aos colaboradores, acabou caindo em desuso.

“Tanto a TEC quando o DOC deixaram de ser a primeira opção dos clientes e sua utilização vem caindo continuamente nos últimos anos”, diz em nota o diretor adjunto de Serviços da Febraban, Walter Faria.

“Os clientes têm dado preferência ao Pix, por ser gratuito, instantâneo e também pelo valor que pode ser transacionado.”


Antes do surgimento do Pix, o DOC já competia com uma forma de transferência mais ágil: a TED, concebida em 2002. Essa modalidade possibilita a efetivação do envio de fundos no mesmo dia, desde que a transação seja realizada até às 17 horas.

A TED permanecerá como uma opção viável e continua sendo uma escolha popular para transferências de quantias consideráveis.

O DOC foi criado pelo Banco Central em 1985 e permite aos clientes transferirem fundos para outras contas bancárias. Contudo, a transação só se concretiza no próximo dia útil quando realizada até às 21h59 do mesmo dia.

Quando o DOC é efetuado após as 22 horas, o valor só será creditado na conta do beneficiário no segundo dia útil subsequente.

Movimentação

A utilização do DOC vem caindo. No primeiro semestre do ano passado, o instrumento somou 18,3 milhões de operações, ou 0,05% das operações de pagamento feitas no país.

O Pix, com 17,6 bilhões de operações, os cartões de crédito e débito, com 8,4 bilhões casa, e a própria TED, com 448 milhões, ficaram à frente, de acordo com levantamento da Febraban.

Em novembro do ano passado, segundo o BC, as transferências via DOC movimentaram R$ 1,522 bilhão.

O Pix teve uma movimentação muito maior: R$ 1,741 trilhão. A TED, por sua vez, movimentou R$ 3,135 trilhões.

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