Anvisa proíbe uso de melatonina em suplementos alimentares para crianças

A comercialização, fabricação, distribuição, propaganda e utilização do suplemento alimentar “Soninho Perfeito Melatonina Kids”, produzido pela empresa Mr Oemed Indústria Farmacêutica Ltda, foram vetadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A entidade reguladora também ordenou a retirada imediata do produto das prateleiras do mercado.

Por meio de nota, a Anvisa informou que o hormônio melatonina, produzido naturalmente pelo corpo, não possui autorização para ser utilizado em suplementos alimentares direcionados a crianças e adolescentes. Além disso, a agência destacou que não há comprovação de segurança de uso para esses grupos etários.

“A melatonina também não possui autorização para gestantes e mulheres que amamentam (lactantes) e só é aprovada em suplementos destinados para adultos acima de 19 anos, na concentração de 0,21 miligramas por dia e sem alegações de uso”, alerta.

Propaganda irregular

De acordo com a agência, também foi verificada a divulgação irregular, na internet, do produto, com alegações terapêuticas relacionadas a sono, ansiedade, compulsão alimentar, irritabilidade noturna, inflamação, suplementação para transtorno do espectro autista e câncer.

“Nenhuma dessas alegações é aprovada pela Anvisa, tratando-se, portanto, de propaganda irregular”, diz a Anvisa.

No comunicado, o órgão regulador alerta que não há aprovação de suplementos alimentares à base de melatonina para sono, humor e concentração. “Qualquer propaganda ou rótulo que traga esse tipo de alegação está irregular de acordo com a legislação sanitária brasileira”.

Informações

Informações sobre substâncias aprovadas para suplementos alimentares podem ser consultadas no painel Constituintes Autorizados para Uso em Suplementos Alimentares, disponível no site da Anvisa.

Nesse painel, é possível obter informações como o tipo de nutriente, substância bioativa ou enzima aprovada para uso em suplementos alimentares; a quantidade mínima e máxima autorizada; o grupo populacional e a faixa etária para a qual o produto pode ser indicado; as alegações aprovadas relacionadas ao papel da substância no organismo; e as advertências com informações de condições e restrições de uso.

“Todos os suplementos alimentares devem ter essa identificação no rótulo (suplemento alimentar), próximo à marca do produto”, destacou a Anvisa. “Não compre produtos que não estejam devidamente identificados ou que sejam de procedência duvidosa”, adverte.

Matéria publicada originalmente pela Agência Brasil

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