Amazonino Mendes deixa legado histórico para o Amazonas

A família do ex-governador Amazonino Mendes anunciou, neste domingo, o falecimento daquele que foi um dos maiores ícones políticos do estado do Amazonas.

Natural do município de Eirunepé (AM), Amazonino Mendes foi prefeito de Manaus três vezes, em 1983, 1993 e 2009, senador em 1991, e governador do Amazonas por quatro vezes, nos anos de 1987, 1995, 1999 e 2017.

Em 2017, concorreu ao seu quarto mandato como governador do Estado, mas perdeu para Wilson Miranda Lima, reeleito no segundo turno, com 56,98% dos votos.

Vida política

No seu primeiro mandato como prefeito, que durou até 1986, Amazonino regularizou invasões e urbanizou bairros, alguns deles com mais de 30 anos, pavimentando mais de 600 ruas em dois anos. Criou os terminais de ônibus da Constantino Nery, da Praça da Matriz e da Cachoeirinha.

Já no seu mandato como governador, entre 1987 até 1990, Amazonino foi responsável por construir mais de 20.500 casas populares e conjuntos habitacionais da zona Norte. Além disso, ele também implantou a Delegacia Especializada de Crimes Contra a Mulher, a Academia da Polícia Militar e o Bumbódromo.

Novamente como prefeito, de 1993 a 1994, Amazonino construiu os dois primeiros viadutos de Manaus, além de ser responsável pela implantação do SOS Manaus, primeiro serviço de resgate de emergência pública, hoje SAMU – na época, com 18 ambulâncias, seis delas com UTI.

Como governador, na gestão de 1995 a 1998, implantou o bairro Francisca Mendes e asfaltou a BR-174 (que liga Manaus a Boa Vista e à Venezuela). Na época, ele também foi responsável pela criação dos Centros de Atenção Integral à Melhor Idade (CAIMIs), Centros de Atenção Integral às Crianças (CAICs), Hospital e Pronto-Socorro Dr João Lúcio, com pronto-socorro infantil em anexo, e os Prontos-Socorros da Criança da Zona Oeste e Zona Sul, Instituto da Criança, Hospital Francisca Mendes, maternidades Galileia e Nazira Daou, Maternidade Ana Braga, e a Central de Medicamentos do Amazonas.

Na gestão de Amazonino, foi construído o Cirandódromo de Manacapuru, e criado o Festival Amazonas de Ópera. Também foram iniciados todos os corpos artísticos do Amazonas existentes até hoje, gerando empregos e promovendo o desenvolvimento das artes no estado – entre eles, estavam a Orquestra Filarmônica do Estado do Amazonas, Coral do Amazonas, Corpo de Dança do Amazonas e Orquestra de Violões do Amazonas.

Outro destaque foi a criação da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), dando oportunidade a jovens de Manaus e do interior, de acesso à graduação e pós-graduação.

Amazonino foi o governador que construiu o maior número de delegacias em Manaus, com atendimento 24h, e implantou o Centro Integrado de Operações de Segurança (CIOPS), um dos maiores e mais completos sistemas do gênero no país.

Como prefeito, em 2009, criou o Programa Bolsa Universidade (mais de 40 mil bolsas concedidas). Ele também implantou 132 telecentros, além de instalar 12 bibliotecas-polo nas escolas, para uso dos alunos e da comunidade. Nessa época, foi criado o Café Teatro Les Artistes, Museu da Cidade, e a Cidade da Criança (1º parque temático infantil de Manaus).

No seu último mandato como governador, encerrado em 2017, entre suas ações, Amazonino acabou com as filas da madrugada nas portas das unidades de saúde, reformulando e unificando o sistema de marcação de consultas e exames especializados na rede pública.

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