Amazonas Energia nega risco de racionamento de energia elétrica no Estado

O presidente da Amazonas Energia, Márcio Zimmermann, descartou o risco de desabastecimento de energia elétrica no estado, mesmo com a eventual troca de grupo controlador. Ele informou que a dívida da empresa foi herdada na assinatura do contrato de concessão em 2019.

Márcio Zimmermann garantiu que as operações de distribuição de energia estão funcionando normalmente em toda a região do estado, tanto na capital quanto no interior. Ele afirmou que não há nenhuma intercorrência que possa afetar a prestação de serviços.

“O consumidor não será afetado. Os serviços estão sendo executados normalmente. Enquanto não houver a troca de controlador (grupo que administra a concessionária), o Ministério de Minas e Energia determina que as operações continuem seguindo as métricas de qualidade”, disse o presidente.

Zimmermann esclareceu que a dívida da empresa não vem de novos empréstimos e que o grupo Oliveira Energia, atual controlador, não apenas mantém a saúde financeira, mas também realizou investimentos para aprimorar tanto a capacidade de geração quanto a eficiência na distribuição, liquidando parte da dívida existente.

“O desequilíbrio econômico-financeiro é um problema de origem anterior a privatização. Não existe dívida nova na Amazonas Energia. A dívida é oriunda de um processo complexo ocorrido durante o leilão. A informação que se tinha, na época, era de que a dívida era de R$ 2,6 bilhões e, no momento que o novo concessionário assina, a Eletrobras pública o balanço da Amazonas Energia e a dívida passa para R$ 7,6 bilhões. A classificação da dívida estava colocada de forma inadequada”, explicou.

Furtos de energia

As perdas oriundas de furtos de energia (também conhecidos como gatos) foram abordadas na coletiva como sendo uma das principais causas das dificuldades para se manter o equilíbrio entre a receita e a despesa.

Zimmermann salientou que o montante que a empresa deixa de faturar pelo fornecimento de energia chega a mais de R$ 500 milhões ao ano. A concessionária não é a única que perde com a ação dos criminosos.

O Governo do Estado, segundo o presidente, deixa de arrecadar por volta de R$ 400 milhões e os consumidores em geral do estado acabam tendo sobrecustos da ordem de 600 a 700 milhões.

O presidente enfatizou que a empresa tentou reverter este quadro com a instalação do Sistema de Medição Centralizado (SMC), mas que não obteve apoio neste sentido.

“Este sistema funciona plenamente em 21 estados brasileiros. Em Manaus, nos poucos lugares em que conseguimos implantar, a perda baixou de 38% para 6% ou 7%. Até o consumidor que paga as suas contas regularmente é penalizado porque assume o prejuízo gerado por outra pessoa ao desviar energia”, disse o presidente da concessionária.

Quanto à troca de grupo, Márcio Zimmermann afirmou que não há previsão de data para a conclusão do processo. Ele também destacou que encontrar uma nova empresa para assumir a administração da Amazonas Energia, que atende a uma área maior do que vários estados brasileiros juntos, não será uma tarefa fácil, devido à complexidade logística e socioeconômica da concessão.

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