O chanceler alemão Olaf Scholz será recebido, nesta segunda-feira (30), em Brasília, pelo presidente Luiz Inacio Lula da Silva, para uma reunião bilateral que marca a volta das operações do Fundo Amazônia. Delegações de empresários também devem participar da reunião.
Conforme divulgado pela CNN Brasil, durante o encontro, o líder do governo alemão deve anunciar o envio de mais R$ 170 milhões para o fundo, um mecanismo que capta doações e investimentos internacionais para o combate ao desmatamento e promoção de ações de conservação da Floresta Amazônica, a maior floresta tropical do mundo.
Segundo a Embaixada da Alemanha, a viagem de Scholz incluiu, também, Argentina e Chile, visando enfatizar a importância da América do Sul para o governo alemão.
Na manhã desta segunda, em uma rede social, Lula escreveu que a relação de amizade e cooperação entre os dois países seria retomada.
Agenda
Na agenda de Lula para esta segunda-feira, divulgada pelo Palácio do Planalto, a cerimônia de chegada do chanceler está prevista para as 15h30, seguida de reunião bilateral às 15h45.
Às 18h, Lula e Scholz se reúnem com as delegações empresariais do Brasil e da Alemanha. Em seguida, será feita uma declaração à imprensa, às 18h30.
Às 19h30 haverá um jantar em homenagem a Scholz no Palácio Itamaraty.
A ministra alemã da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento, Svenja Schulze, deve acompanhar as reuniões. No fim de semana, ela se encontrou com representantes de sindicatos, sociedade civil e empresas em São Paulo, para tratar de temas relacionados à energia sustentável.
Fundo Amazônia
O Fundo Amazônia foi desativado em 2019, no primeiro ano da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, quando o Ministério do Meio Ambiente decidiu, unilateralmente, mudar as regras de gestão do mecanismo.
Conforme publicado pela CNN Brasil, a Noruega e a Alemanha, os dois únicos países que ofereceram financiamento para o fundo, reagiram à medida.
Os países criticaram o governo de Bolsonaro por não mostrar compromisso em proteger a floresta e congelaram os recursos. Com isso, cerca de R$ 3 bilhões acabaram não sendo utilizados para conter o desmatamento.