União Europeia vai investir 20 milhões de euros no Fundo Amazônia e R$ 10 bi em hidrogênio verde 

Durante encontro como presidente Lula, nessa segunda-feira (12), no Palácio do Planalto, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que que a União Europeia doará 20 milhões de euros (cerca de R$ 100 milhões) para o Fundo Amazônia, além de investir 2 bilhões de euros (R$ 10,5 bilhões) na produção de hidrogênio verde no Brasil, como parte dos planos do bloco europeu de buscar reduzir a dependência e o uso de combustíveis fósseis.

Segundo Ursula von der Leyen, a Europa tem grande responsabilidade em deter o desmatamento na Amazônia. Ela disse que já existe um projeto de 480 milhões de euros para combater o desmatamento e promover o uso sustentável da terra.

No total, o plano Global Gateway prevê investimentos da União Europeia em toda América Latina e Caribe, complementados por recursos privados e dos 27 países individualmente.

Durante a reunião, Lula destacou que a União Europeia é o segundo maior parceiro comercial do Brasil, com uma corrente de comércio que pode ultrapassar a marca de US$ 100 bilhões em 2023. O Brasil tem plano e compromisso de zerar o desmatamento ilegal até 2030.

Desde que Lula assumiu a Presidência da República, a União Europeia passou a ser o terceiro novo doador do Fundo Amazônia. O valor, porém, é o menor anunciado neste ano. Os Estados Unidos prometeram aporte de 500 milhões de dólares, enquanto o Reino Unido vai doar 80 milhões de libras esterlinas.

Até então, o Fundo Amazônia havia arrecadado R$ 3,3 bilhões. As maiores contribuições vieram da Noruega e da Alemanha, além de uma parcela da Petrobras. Lula quer usar a cúpula dos países do Tratado de Cooperação Amazônica para levantar mais recursos e planeja trazer presidentes de países europeus como convidados, a exemplo da França e da Irlanda.

Na conversa, Lula ainda criticou, novamente, o instrumento adicional ao acordo apresentado pela União Europeia, em março deste ano, que amplia as obrigações do Brasil e as torna objeto de sanções em caso de descumprimento.

“A premissa que deve existir entre parceiros estratégicos é a da confiança mútua e não de desconfiança e sanções. Em paralelo, a União Europeia aprovou leis próprias com efeitos extraterritoriais e que modificam o equilíbrio do acordo. Essas iniciativas representam restrições potenciais às exportações agrícolas e industriais do Brasil”, disse Lula.

A presidente da Comissão Europeia disse que há todo o interesse em finalizar o acordo Mercosul-União Europeia ainda este ano. Segundo ela, o acordo há de render vantagens para ambos os lados, criar condições para fluir investimentos, respaldar a reindustrialização do Brasil, integrar cadeias de suprimentos e aumentar competitividade da indústria.

Para Ursula, não é só um acordo comercial, mas uma plataforma para diálogo e engajamento de longo prazo.

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