MANAUS – | A partir desta sexta (3), o Centro de Ensino Literatus participará de mobilizações em combate ao trabalho infantil, realizadas por órgãos do município e estado. As ações acontecem em alusão ao Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, comemorado no próximo dia 12 de junho.
O Literatus participou da abertura da campanha municipal contra o trabalho infantil, no auditório da Câmara Municipal de Manaus (CMM). O evento contou com a presença de aprendizes e representantes do programa de aprendizagem da instituição, responsável por realizar a ponte de jovens para o mercado de trabalho.
“É fundamental que as empresas contratem os jovens como aprendizes, garantindo que continuem matriculados na escola. Dessa forma, elas contribuem para inseri-los no mercado de trabalho de forma justa e respeitando as leis”, reforçou a mantenedora do Literatus, Elaine Saldanha.
Ela explica que a legislação brasileira proíbe o trabalho antes dos 16 anos, exceto no caso de jovens contratados como aprendizes, aliando educação e qualificação profissional.
“Por isso é fundamental conscientizar a população e falar da importância de denunciar irregularidades, porque o trabalho infantil traz uma série de consequências a essas crianças, à sua saúde física e mental, educação e até às relações familiares. Alguns desses impactos são irreversíveis e elas acabam carregando consigo marcas por toda vida”, destaca Elaine.
Nos últimos 13 anos, 290 crianças e adolescentes de cinco a 17 anos morreram enquanto trabalhavam e 29.495 sofreram acidentes graves. Também entre 2007 e 2020, 49.254 tiveram algum tipo de agravo à saúde. Os dados são do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde.
Programação – E a programação continua no dia 10, às 9h. Dessa vez, o Governo do Amazonas dará início às mobilizações, no Centro de Mídias de Educação do Amazonas. No dia 11, às 9h, o auditório da CMM sedia uma ação de sensibilização sobre o tema.
No dia 12, às 7h, acontecerá uma marcha contra o trabalho infantil, na Ponta Negra. E, no dia 15, às 8h, a Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) sediará uma audiência pública para discutir o problema.