SENADO: Teve virada no Amazonas e partido do presidente Bolsonaro elegeu maior número de senadores

Com 1/3 das vagas preenchidas este ano, a partir de 2023 Senado terá nova confirguração. FOTO: Reprodução.

MANAUS – |Assim como a definição do segundo turno para governador no Amazonas, que teve virada nos últimos momentos de apuração dos votos, a definição da única vaga ao Senado foi com muita emoção, com direito também a uma reviravolta no final. O candidato bolsonarista Coronel Menezes liderou a corrida até pertinho do final, com direito a comemoração das equipes e anúncio de coletiva da vitória. Mas, as urnas se reservam o direito de provocar surpresas e o candidato do PSD, Omar Aziz, que disputava a renovação de seu mandato por mais oito anos, acabou levando a melhor, com 41,14% contra 39,17% de Menezes.

Aziz concorreu pela coligação Em Defesa da Vida, tendo apoio do PT, MDB, PCdoB e PV. Sua primeira suplente é Cheila Moreira (PT). O segundo suplente, João Pedro (PT).

Aziz tem 64 anos, é filho de pai palestino com mãe descendente de italianos. É formado em engenharia civil. Foi vereador, deputado estadual, vice-prefeito de Manaus e vice-governador do Amazonas. Em 2010 elegeu-se governador. Quatro anos depois, elegeu-se senador.

Omar Aziz foi reeeleito, de virada. FOTO: Divulgação.

Quem também levou a melhor nas eleições para o Senado foi o presidente Jair Bolsonaro. O seu partido, o PL, elegeu o maior número de senadores e terá, a partir de 2023, a maior bancada da casa. Além disso, Bolsonaro viu aliados como o vice-presidente Hamilton Mourão (RS) e a ex-ministra Damares Alves (DF), ambos do Republicanos, e a também ex-ministra Tereza Cristina (PP-MS) vencerem a disputa.

Dos 27 senadores eleitos, oito são do PL, o dobro de senadores eleitos pelo PT, do ex-presidente Lula, que emplacou quatro. Com isso, o partido de Bolsonaro começará a próxima legislatura, caso não haja mudanças, com 14 senadores. Os petistas terão nove representantes e ficarão atrás do PSD, que terá 11 assentos, do MDB e do União Brasil, com dez cada. Depois do PL, o partido que mais elegeu senadores foi o União Brasil.

DANÇA DAS CADEIRAS

Com o resultado do primeiro turno das eleições, 13 senadores não terão seus mandatos renovados em 2023. Nessa situação estão os que não foram eleitos, mas também os que se elegeram para outros cargos e os que decidiram não se candidatar. Dos 40 senadores candidatos aos diversos cargos da eleição, seis foram eleitos e 27 não tiveram êxito na disputa. A situação ainda permanece pendente para os senadores que disputam o segundo turno dos Executivos estaduais e os que ainda aguardam resultado da apuração. São sete senadores nessa situação.

Os senadores reeleitos para um novo mandato no Senado são cinco: Omar Aziz (PSD-AM), Davi Alcolumbre (União-AP), Otto Alencar (PSD-BA), Wellington Fagundes (PL-MT), e Romário (PL-RJ).  Outros oito senadores também disputaram um novo mandato no Senado, mas não foram reeleitos: Alvaro Dias (Podemos-PR), Rose de Freitas (MDB), Roberto Rocha (PTB-MA), Telmário Mota (Pros-RR), Dário Berger (PSB-SC), Acir Gurgacz (PDT-RO), Kátia Abreu (PP-TO) e Alexandre Silveira (PSD-MG).

Outros cargos

Uma senadora deixará o mandato por ter sido eleita para outro cargos: Mailza Gomes (PP-AC), que foi eleita vice-governadora do Acre na chapa de Gladson Cameli.

Também deixam o Senado quatro senadores que disputaram outros cargos, mas não foram eleitos e cujo mandato termina em 2023. São eles:  Simone Tebet (MDB-MS), que disputou a Presidência da República; Lasier Martins (Podemos-RS), que disputou uma vaga de deputado federal; Jean Paul Prates (PT-RN), que foi candidato a suplente de senador; e Fernando Collor (PTB-AL), que concorreu ao governo de Alagoas.

Outros sete senadores não disputaram nenhum cargo em 2022 e também deixarão o Senado: Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Maria do Carmo Alves (União-SE), Reguffe (União-DF), Paulo Rocha (PT-PA), Nilda Gondim (MDB-PB) e Luiz Carlos do Carmo (PSC-GO).

O maior número é dos senadores que disputaram outros cargos e não foram eleitos, mas continuam no Senado porque seus mandatos vão até 2027. Estão nessa situação 15 senadores, entre eles as senadoras Soraya Thronicke (União-MS) e Mara Gabrilli (PSDB-SP) disputaram, respectivamente, a Presidência e a Vice-Presidência da República, em chapas diferentes.

Os outros 13 senadores dessa lista dos que permanecem nos mandatos disputaram vagas nos Executivos estaduais e do Distrito Federal, mas não foram eleitos. São eles Marcio Bittar (União-AC), Sérgio Petecão (PSD-AC), Izalci Lucas (PSDB-DF), Leila Barros (PDT-DF), Carlos Viana (PL-MG), Zequinha Marinho (PSC-PA), Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), Styvenson Valentim (Podemos-RN), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Esperidião Amin (PP-SC), Alessandro Vieira (PSDB-SE), Weverton (PDT-MA) e Irajá (PSD-TO).

Indefinição

Ainda permanece indefinida a situação de cinco senadores que disputarão o segundo turno para o cargo de governador: Jorginho Mello (PL-SC), Rogério Carvalho (PT-SE), Marcos Rogério (PL-RO), Eduardo Braga (MDB-AM) e Rodrigo cunha (União-AL). Os mandatos de todos eles vão até 2027, por isso, caso não sejam eleitos, eles poderão voltar ao Senado. 

Outros dois senadores cujos mandatos se encerram em 2023 se candidataram à Câmara dos Deputados: José Serra (PSDB-SP) e Elmano Ferrer (PP-PI), que não foram eleitos.

Fonte: Agência Senado

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