Seca do Rio Negro atinge marca histórica de 13,59 metros em Manaus

O Rio Negro, conhecido por suas águas escuras e extensão de quase 1.700 km, atingiu a marca de 13,59 metros em Manaus, nesta segunda-feira (16/10). Este é o nível mais baixo da história da capital amazonense, superando a seca de 2010, que foi de 13,63 metros.

Os dados foram obtidos pelo porto de Manaus, que monitora o ritmo de subida e descida das águas. Com a marca histórica, o Rio Negro atinge a maior seca em 121 anos.

A seca deste ano vem afetando não apenas a capital, mas também outras cidades do Amazonas. A estiagem tem causado uma série de problemas, como a redução do transporte fluvial, a escassez de água potável e o aumento do risco de incêndios florestais.

O Serviço Geológico do Brasil (CRPM) divulgou um relatório no final de setembro apontando que o ápice da estiagem em Manaus só deve ocorrer nesta segunda quinzena de outubro. Isso significa que o cenário de calamidade na cidade deve se agravar ainda mais nesse período.

Manaus, assim como quase todos os municípios do Amazonas, vive uma severa crise ambiental. Desde o final de setembro, a Prefeitura Municipal decretou situação de emergência na capital.

Em alguns pontos, onde antes era o abundante Rio Negro, agora é um “mar de lixo” com canoas e barcos encalhados. A seca que atinge a capital também fez com que a prefeitura encerrasse mais cedo o ano letivo nas comunidades ribeirinhas.

Para evitar o isolamento e o desabastecimento das zonas rural e ribeirinha, foram anunciadas uma série de ações, incluindo a abertura de 30 poços artesianos e a distribuição de cestas básicas.

Além disso, outra medida tomada foi o fechamento da Praia da Ponta Negra, no início do mês. Devido à seca, que tornou o local perigoso para banhistas e turistas, foram instaladas cercas na faixa de areia da Feira do Peixe. Um auxílio aos permissionários que têm barracas no local e estão sendo afetados pelo fechamento do balneário também está sendo disponibilizado.

Além da seca, a capital está sofrendo com uma “onda” de fumaça proveniente de queimadas na região metropolitana. O ar na cidade foi considerado um dos piores do mundo na última semana.

A recomendação é que as pessoas voltem a utilizar máscaras e não façam esforço por tempo longo ao ar livre.

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