PROSAMIN: Comunidade é incentivada a coletar óleo de cozinha para reduzir impacto ao ambiente e gerar renda

O projeto está sendo desenvolvido junto aos moradores do Parque Residencial Mestre Chico. FOTO: Divulgação.

MANAUS – |Os moradores do Parque Residencial Mestre Chico, área do Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin) na Praça 14 de Janeiro, estão sendo incentivados e recebendo orientação para a coleta e destinação correta do óleo de cozinha que seria despejado na rede esgoto. O objetivo final, além de eliminar o impacto causado ao meio ambiente, é capacitar para a geração de renda – com a produção de sabão, por exemplo.

A ação é realizada pela Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE) do Governo do Amazonas, responsável pelas obras do Prosamin, e faz parte da programação de educação ambiental desenvolvida pelo programa. A coleta e destinação correta do óleo de cozinha é uma atividade que tem a parceria da cooperativa de catadores EcoCooperativa de Reciclagem, que fornece as embalagens para a coleta e recolhe o material.

O projeto nasceu a partir de um diagnóstico social, em que foi constatado o excesso de óleo descartado nas tubulações hidráulicas do residencial. Nessa primeira fase, envolve 192 famílias da segunda etapa do Parque Residencial Mestre Chico. O trabalho também já está sendo iniciado em outra área no mesmo local, onde irá atingir mais 576 famílias.

Iniciado em maio, o projeto já coletou mais de 5 litros de óleo. Numa segunda etapa, conforme explica o coordenador executivo da UGPE, engenheiro civil Marcellus Campêlo, serão realizadas oficinas de capacitação, abrindo as possibilidades e perspectivas para transformar o que é coletado em renda para as famílias.

A assistente social da UGPE, Vania Melo dos Santos, ressalta que a ideia surgiu das reclamações recebidas sobre entupimento da rede de esgoto dos apartamentos do residencial, por causa do descarte incorreto de óleo de cozinha. “Percebemos a necessidade de orientar os moradores sobre o impacto que isso causa para o meio ambiente. E, também, para o próprio bolso, já que precisam contratar os serviços de um profissional para resolver o problema, toda vez que acontece”, relatou.

Vânia destaca que faz parte do trabalho da equipe de assistência social do Prosamin promover esse tipo de iniciativa, que envolve orientação, mediação de conflitos e, também, capacitação visando a geração de renda. A UGPE, segundo ela, também promove regularmente oficinas de produção de artesanato com materiais reciclados, como pets, embalagens de manteiga, de leite, entre outros itens. “Dessa maneira, os moradores dão uma destinação melhor para esses produtos e aprendem uma nova forma de incrementar a renda”, observou.

PARCERIA – Para o projeto de coleta de óleo de cozinha, a UGPE fez parceria com a Ecocooperativa de Reciclagem, que fornece os garrafões para os moradores fazerem a armazenagem. O funil que também faz parte do kit é feito de garrafas PET em oficinas de reciclagem organizadas com os moradores.

Os kits são entregues aos moradores que encaminham o material coletado ao Escritório de Sustentabilidade e Gestão Compartilhada (ELO – Mestre Chico) da UGPE. O material coletado deverá ser transformado em sabão. Já estão sendo organizadas, para os próximos meses, oficinas para ensinar como trabalhar nesse sentido. “Com isso, os moradores vão poder ver na prática o retorno das suas ações em prol do meio ambiente, garantindo renda para suas próprias famílias”, disse ela.

BOM EXEMPLO – A microempreendedora Socorro da Silva afirma que a ação trouxe ganhos à comunidade e ao meio ambiente. “Eu frito salgado por encomenda e uso muito óleo. Inclusive, o resto do óleo eu estava colocando em garrafa PET e depositava na lixeira. Mas, agora, com esse projeto do Prosamin, eu resolvi guardar todo o óleo usado para a fabricação do sabão em barra”, disse a microempreendedora.

Outra moradora que disse ter mudado o hábito de jogar fora o óleo usado nas frituras é Ana Rodrigues. “Como agora me deram o depósito para armazenar, eu frito e guardo tudo. É preciso juntar no vidro para não cair no esgoto, porque a gordura entope qualquer caixa de gordura”, ressalta a dona de casa.

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