PÓS-PANDEMIA: Casos de disfunção na mandíbula estão mais frequentes, alertam especialistas

O diagnóstico precoce ainda é o melhor aliado e a fisioterapia é um dos tratamentos indicados. FOTO: Reprodução.

MANAUS – |Dificuldade de abrir ou fechar a boca, dor durante a mastigação, movimentos fora do eixo e sensação de cansaço na musculatura mastigadora. Esses são alguns dos sintomas da Disfunção Temporomandibular (DTM), doença que vem sendo diagnosticada com mais frequência por especialistas em Manaus e associada aos efeitos pós-Covid-19.

Podendo ocorrer de duas formas, articular ou muscular, a DTM causa, ainda, dores de cabeça, dor orofacial e zumbido, que pode ser percebido em forma de tamponamento do ouvido.

Os fisioterapeutas Armando Vale de Sousa e Dayana Mejia de Sousa, especialistas na doença, explicam que, por sofrer influência de fatores emocionais como estresse e ansiedade, a disfunção apresentou um crescimento alto no último ano, ainda como efeito da pandemia.

“Essas disfunções têm grande influência somatossensorial e as pessoas ainda apresentam muitas sequelas da pandemia. Temos ingressado em uma curva ascendente dessas disfunções”, acrescentou Armando.

A DTM apresenta sintomas que causam muito incômodo. FOTO: Reprodução.

Mesmo sendo mais comuns entre mulheres, pela realização de atividades múltiplas, questões hormonais e hábitos parafuncionais (ações involuntárias e inconscientes), o aumento também tem sido observado entre os homens.

Armando alerta que o diagnóstico precoce ainda é a melhor ferramenta para enfrentar a doença e o tratamento deve ser conduzido por fisioterapeuta e dentista especializados na disfunção, um cirurgião bucomaxilofacial e um neurologista, em caso de dores de cabeça intensas. “Quanto mais cedo, melhor o resultado do tratamento. A abordagem é multidisciplinar. Os profissionais irão atuar em conjunto, de acordo com cada caso”, explicou.

Uma ferramenta importante do tratamento da DTM é a fisioterapia, que, associada a outros procedimentos, permite a recuperação da mecânica muscular e articular da mandíbula. O tempo de tratamento pode variar entre 5 a 30 dias, com a necessidade de reavaliações periódicas. “Durante a avaliação, é desenhado todo o plano terapêutico do paciente, considerando as suas necessidades funcionais e individuais. O tratamento é customizado, levando em conta as necessidades de cada paciente”, reforçou a especialista Dayana Mejia de Sousa.

Dependendo do caso, diz ela, o paciente também deve receber orientações de dentistas especializados, otorrinolaringologista, neurologista, psiquiatra e psicólogo.

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