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MANAUS – |O Brasil tem 149,6 milhões de animais de estimação. É o que revelou o Censo Pet IPB, divulgado em junho deste ano. Os cães lideram o ranking, com 58,1 milhões, seguidos de aves canoras (41 milhões) e gatos (27,1 milhões). Os felinos, porém, são a espécie com crescimento mais acelerado (e recorde) em um ano (6%), ante 4% dos cães e 1,5% das aves. Em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, a adoção de cães e gatos teve um aumento de 50% no período de quarentena, por conta das medidas de isolamento social.
O amor aos bichinhos e a necessidade de companhia, no entanto, exige um esforço maior dos guardiões responsáveis no controle de suas finanças. Entre 2020 e 2021, por exemplo, os gastos com os pets aumentou em 129%, chegando a representar 1/3 do salário mínimo, segundo uma outra pesquisa, a Domestic View 2022, estudo da Kantar.
Segundo o estudo, do orçamento destinado aos animais de estimação, 70% foi para alimentação deles. Nas classes D e C, o percentual é ainda maior, 89%. Já nas classes A e B os gastos com a saúde dos filhos de quatro patas (18%) e artigos de higiene (15%) também marcam presença.
Outro dado importante é que o custo médio mensal para cuidar de cachorros no Brasil é 104% maior do que os gastos com gatos, podendo atingir 44% do salário mínimo.
O estudo mostra que o gasto mensal do brasileiro com cachorros foi, em média, de R$ 408,76 no ano passado (pouco mais de um terço do salário mínimo vigente, que é de R$ 1.212). Esse valor pode mudar de acordo com o porte do animal. Já o gasto médio com gatos ficou em R$ 200,19, menos da metade do valor médio para cães.
Para Nelo Marraccini, presidente do Conselho Consultivo do Instituto Pet Brasil, o impacto dos animais de estimação na renda mensal é um dos motivos pelos quais o número de felinos tem crescido mais do que o de caninos nos lares brasileiros.
Então, vamos lá: faça uma lista e pesquise os valores médios na sua região. Isso ajudará a visualizar quanto do seu orçamento precisa ser dedicado. Abaixo os cinco gastos mais frequentes com um pet.
- Alimentação – Os preços de ração e alimentos variam de acordo com a espécie e porte do animal. Vale a pena conversar com um veterinário para entender qual a dieta indicada para o seu bichinho e quanto ele tende a consumir por mês. Em seguida, faça uma pesquisa nos principais pet shops. Assim, você descobre a média de preço e o gasto mensal.
- Higiene – Higiene pode ser desde o banho no pet shop até pequenos equipamentos para manter em casa, como cortadores de unha especiais e filtros para aquário. É preciso pesquisar e consultar um especialista para descobrir quais são as necessidades do seu bichinho – e, a partir daí, incluir esse gasto no orçamento.
- Saúde – Com felinos e cães, considere três consultas ao veterinário por ano. Pode ser por uma dor de ouvido, uma visita rotineira, aplicação de vacinas, antipulgas e vermífugos, ou, ainda, alguma doença ou acidente inesperado. Algumas vacinas devem ser aplicadas anualmente e outras, de 6 em 6 meses.
- Acessórios – Brinquedos, roupinhas, cama e coleira devem entrar no orçamento também – e o preço depende da marca escolhida. Segundo veterinários, os animais precisam desses objetos para gastar a energia. Brincar melhora as habilidades motoras, estimula o crescimento cognitivo e é uma parte importante do desenvolvimento de cães e gatos.
- Imprevistos – É importante incluir na sua reserva de emergência um valor para situações de emergência, como viagens, problemas de saúde e incidentes.
A melhor forma de economizar com um pet é garantir que ele tenha uma vida saudável. Um animal com saúde e higiene adequadas, por exemplo, é mais resistente a doenças, o que evita gastos extras com medicamentos e internações.