OPERAÇÃO UIARA III: Gestores públicos envolvidos em garimpo ilegal são alvos da PF em Jutaí

Na terceira fase da operação Uiara foram cumrpidos dez mandados de busca e apreensão e dez medidas cautelares. FOTO: Divulgação.

MANAUS – |A Polícia Federal no Amazonas cumpriu, nesta quarta-feira (20), dez mandados de busca e apreensão e dez medidas cautelares na Operação Uiara III, que investiga o garimpo ilegal no município de Jutaí, interior do Amazonas. Entre os alvos estão o prefeito da cidade, Pedro Macario Barbosa, secretários e assessores municipais. Eles são suspeitos de cobrar propina de garimpeiros. Entre as medidas cautelares estão o afastamento dos cargos e funções públicas e de acesso à prefeitura do município.

Pedro Macario Barbosa é suspeito de chefiar um esquema que usa a Prefeitura de Jutaí e secretarias para cobrar propina de garimpeiros que atuam ilegalmente na região. Conforme as investigações, os valores eram pagos em ouro ou dinheiro em espécie. Em novembro do ano passado, o prefeito chegou a ser preso com 257 gramas de ouro ilegal. Ele foi afastado por decisão da Justiça e a sua irmã foi presa em flagrante em posse de ouro e R$ 40 mil em dinheiro.

Em novembro de 2021, o prefeito foi preso pela polícia com 200 gramas de ouro no aeroporto de Tefé quando tentava embarcar com destino a Manaus.

A Operação Uiara é de combate ao garimpo ilegal na região do Rio Madeira.

Operações anteriores – Em 2019, a Polícia Federal iniciou a operação Uiara I com o objetivo a desintrusão ou retirada de garimpeiros ilegais na região de Autazes e Nova Olinda do Norte. Na ocasião, foram destruídas 131 balsas, sendo três pessoas presas com 150 gramas de ouro extraído ilegalmente da calha do Rio Madeira.

A Operação Uiara II deu sequência à desintrusão de garimpeiros ilegais, dessa vez, na região do município de Borba. Nesta fase do trabalho da PF, foram destruídas 34 balsas.

A PF ressalta que toda a atividade de lavra de minério na região do Rio Madeira é ilegal e que as ações objetivando a desintrusão de garimpeiros continuarão a ser realizadas, assim como serão estendidas a outras regiões do Amazonas.

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