OMS monitora novas variantes do coronavírus

Nesta quarta-feira (9), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, informou que a instituição está monitorando diversas variantes do coronavírus, incluindo a EG.5, que tem sido detectada nos Estados Unidos e no Reino Unido.

Ela foi identificada pela primeira vez em 17 de fevereiro deste ano e designada como uma variante sob monitoramento (VUM) em 19 de julho. Até segunda-feira (7), 7.354 sequenciamentos da EG.5 foram registrados no banco de dados internacional Gisaid.

A linhagem EG.5 se originou da Ômicron XBB.1.9.2.

“Permanece o risco de surgir uma variante mais perigosa que pode causar aumento repentino de casos e mortes”, afirmou Tedros, acrescentando que a agência está publicando um relatório de avaliação de risco sobre o tema.

A maior parte das sequências são da China (30,6%, com 2.247 sequências). Em seguida aparecem os Estados Unidos (18,4%, com 1.356), Coreia do Sul (14,1%, 1.040), o Japão (11,1%, 814), Canadá (5,3%, 392), Austrália (2,1%, 158), Singapura (2,1%, 154), Reino Unido (2,0%, 150), França (1,6%, 119), Portugal (1,6%, 115) e Espanha (1,5%, 107).

A OMS também lançou, nesta quarta (9), um conjunto de recomendações permanentes para apoiar os países a gerenciar a Covid-19 a longo prazo em sete áreas, com foco na vigilância epidemiológica.

A organização pede que todos os países:

  1. Atualizem seus programas nacionais para a Covid-19 usando o Plano Estratégico de Preparação e Resposta da OMS;
  2. Mantenham a vigilância colaborativa para detectar mudanças significativas no vírus, bem como tendências na gravidade da doença e na imunidade da população;
  3. Relatem os dados da Covid-19 à OMS ou em fontes abertas, especialmente sobre morte e doenças graves, sequências genéticas e dados sobre a eficácia da vacina;
  4. Continuar a oferecer vacinas, especialmente para os grupos de maior risco, com maior risco de hospitalização ou morte;
  5. Continuar a iniciar, apoiar e colaborar em pesquisas para gerar evidências para a prevenção e controle da Covid-19;
  6. Oferecer atendimento clínico ideal para a Covid-19, incluindo acesso a tratamentos comprovados e medidas para proteger os profissionais de saúde e cuidadores;
  7. Continuar a trabalhar para garantir o acesso equitativo a vacinas, testes e tratamentos seguros, eficazes e de qualidade garantida para a Covid-19.

“A implementação dessas recomendações não apenas ajudará a proteger contra a Covid-19, mas também ajudará os países a prevenir e responder a outras doenças. Não podemos prever o futuro, mas podemos nos preparar para ele”, afirma o líder da OMS.

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