MANAUS – |Nesta quinta-feira (29) é Dia Mundial do Coração, data criada para alertar sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce às doenças cardiovasculares. A campanha, há alguns anos, também passou a chamar atenção para os cuidados com os animais de estimação.
A médica veterinária Marina Pandolphi Brolio explica que, principalmente os cães, podem desenvolver doenças cardíacas, que merecem atenção especial dos tutores. As cardiopatias, diz ela, podem acometer cachorros, independente da idade, raça, porte. “Existem os casos congênitos, em que o animal nasce com a doença, mas na maioria das vezes ele adquire, sendo mais comum surgir a partir dos sete anos de idade, na fase adulta”, destacou.
De acordo com a veterinária, assim como nos humanos, o diagnóstico precoce é essencial para o controle das cardiopatias em cães e manutenção da qualidade de vida do pet. “A consulta regular no médico veterinário é primordial. É o profissional que vai avaliar as condições de saúde do animal. Faz parte da rotina aferir a pressão arterial e solicitar exames de eletrocardiograma e ecocardiograma. Tudo para conferir a saúde do pet ”, reforçou.
Segundo Marina Pandolphi, as cardiopatias podem ter manifestações bem diferentes, conforme o perfil do animal. Cães de pequeno porte, com até 10kg, por exemplo, desenvolvem principalmente valvulopatias e doenças de degeneração valvular, que são falhas nas válvulas que propiciam a circulação sanguínea. Já os cães de grande porte são mais acometidos pelas cardiomiopatias dilatadas, quando acontece a dilatação excessiva do músculo do coração.
Alguns sinais funcionam como alerta para os tutores perceberem que há algo errado e que precisam procurar um especialista. Os principais sintomas dos cães cardiopatas são cansaço fácil durante exercícios e atividades simples e tosses que se confundem com engasgos. Em alguns casos os animais podem apresentar até desmaios. “Outros sintomas mais inespecíficos também podem ser observados, mas o importante é que o tutor, assim que observar um comportamento diferente em seu animal, procure atendimento médico veterinário, pois mesmo os engasgos e a tosse podem ser indícios de outras doenças graves, além das cardiopatias”.
Marina reforça que em vários casos, quando diagnosticados em fase inicial, alguns animais não precisam de tratamento com medicamento, apenas acompanhamento, exames e mudança na rotina. Em outras situações, os pacientes necessitam de medicações para estabilização do quadro e intervenção cirúrgica.