O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou na noite dessa quinta-feira (17), a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
O objetivo é saber se o dinheiro da venda de joias da Presidência chegou até o ex-presidente. A medida foi solicitada após a operação de sexta passada (11), que mirou um esquema de desvio e venda no exterior dos bens dados de presente à Presidência da República em missões oficiais —como os conjuntos de joias recebidos da Arábia Saudita.
Conforme as investigações, as irregularidades tiveram início em meados de 2022 e se estenderam até o começo deste ano. Dentre os participantes identificados, figuram Mauro Cid, antigo assistente de ordens de Bolsonaro, e seu pai, o general do Exército Mauro Lourena Cid. Este último exercia suas funções no escritório da Apex em Miami.
Conforme regras do Tribunal de Contas da União (TCU), os presentes de governos estrangeiros deviam ser incorporados ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), setor da Presidência da República responsável pela guarda dos presentes, e que não poderiam ficar no acervo pessoal de Bolsonaro, nem deixar de ser catalogados.
Michelle se manifesta nas redes sociais
Na manhã desta sexta-feira (18), a ex-primeira dama expressou seu descontentamento com a determinação de Alexandre de Moraes. Através se seu perfil no Instagram, Michelle escreveu: “Pra quê quebrar meu sigilo bancário e fiscal? Bastava me pedir”.
Ela diz ser vítima de uma “perseguição política” que quer manchar o nome de sua família.
“Fica cada vez mais claro que essa perseguição política, cheia de malabarismo e inflamada pela mídia, tem como objetivo manchar o nome da minha família e tentar me fazer desistir. Não conseguirão!”, escreveu Michelle.