BRASIL – | As empresas podem ter um aumento de 5% a 20% na lucratividade, quando há diversidade no corpo de funcionários. Os dados são da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Além disso, proporcionar às mulheres oportunidades iguais de trabalho pode gerar US$ 165 trilhões em riqueza com o melhor uso da habilidade humana, segundo o Banco Europeu.
Apesar de todos os indicadores positivos, segundo dados do Fórum Econômico Mundial, ainda serão necessários dois séculos para haver igualdade de gênero no mercado de trabalho. No Brasil, apenas 8,6% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres, enquanto no resto do mundo esse índice é de 16,9%.
Com esses dados em mãos, de olho nessa potencialidade e com a expectativa de aumentar a diversidade e a liderança da mulher no setor empresarial, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), lançou, no final de maio, o Fórum Nacional da Mulher Empresária, presidido pela diretora do Grupo Bandeirante, Mônica Monteiro, e composto por 30 conselheiras de diversos setores do empreendedorismo.
Juntas, elas serão responsáveis por formular e acompanhar as políticas de contratação sem distinção de gênero, o desenvolvimento de competências, a ampliação da diversidade na indústria e a expansão de oportunidades para empresas lideradas por mulheres.
“A história da conquista do direito da mulher é um processo muito lento e doloroso. Mas nada disso será definitivo e capaz de gerar transformação real, se as mulheres não tiverem acesso à independência financeira. E isso passa por acesso a salários iguais aos homens e melhoria de acesso ao crédito para poder empreender sem grandes dificuldades”, afirma Mônica Monteiro.
“Nós queremos cargos e comandos. Nós queremos condições para as mulheres empreenderem, que consigam levar suas ideias, sonhos, maturidade, que façam suas empresas e seus negócios, que criem mais empregos, que contratem muitos homens e muito mais mulheres”, acrescenta.
O presidente da CNI, Robson Andrade, destacou o papel da mulher no crescimento da indústria brasileira.
“Esse empreendedorismo, garra, vontade, conhecimento, inteligência e determinação que as mulheres têm certamente vão fazer com que a indústria brasileira possa crescer nos próximos anos e voltar a ocupar um lugar de destaque. Com o avanço da tecnologia industrial, caminhando para o 4.0, isso trouxe uma grande oportunidade para as mulheres participarem, uma vez que há um trabalho de inteligência, de capacidade de concentração, de coordenação e de liderança”, afirma.