Durante o encontro com o presidente ucraniano Volodmir Zelensky, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu que um grupo de “países amigos” seja formado para mediar o fim da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
A declaração foi dada por Lula nos Estados Unidos, na noite de quarta-feira (20), pouco antes de embarcar de volta para Brasília. O presidente foi a Nova York para discursar na 78ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
“Disse para ele a necessidade de encontrar um grupo de países amigos que pudesse construir uma proposta que não fosse nem de um [Ucrânia], nem de outro [Rússia], dos dois que estão em guerra. E de que a negociação numa mesa de diálogo é muito mais barata do que uma guerra. Não tem vítima, não tem morte e não tem tiro”, afirmou Lula.
A reunião com Zelensky aconteceu no hotel Lotte Palace, onde o brasileiro se hospedou. Lula e o presidente ucraniano falaram sobre manter “diálogos abertos para a paz”.
“Tivemos uma boa conversa sobre a importância dos caminhos para a construção da paz e de mantermos sempre o diálogo aberto entre nossos países”, afirmou Lula.
Em uma declaração, o presidente ucraniano afirmou que “após uma discussão honesta e construtiva, instruímos as nossas equipes diplomáticas a trabalhar nos próximos passos de nossas relações bilaterais e nos esforços de paz. O representante brasileiro continuará participando das reuniões da Fórmula da Paz”, declarou.
De acordo com o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, a reunião ocorreu “em um ambiente tranquilo e amigável”. Segundo ele, Lula ressaltou ao presidente ucraniano que condena a invasão russa da Ucrânia.
Na declaração que fez depois da reunião, Lula também disse que “ninguém consegue ganhar tudo. Ou seja, não é apenas a derrota do inimigo, é a construção de uma paz duradoura para que nunca mais aconteça uma ocupação territorial como fez a Rússia”.
