Líderes amazônicos pressionam países ricos por recursos para proteger a Amazônia

Após críticas à Declaração de Belém, devido à falta de ações tangíveis para enfrentar a deterioração da Amazônia, o presidente Lula e os demais líderes das nações amazônicas e de outras que possuem florestas tropicais, exigiram das nações mais desenvolvidas a alocação de recursos financeiros destinados à proteção contínua dos ecossistemas.

Durante o comunicado realizado na Cúpula da Amazônia, os líderes ressaltaram a falta de cumprimento das promessas por parte dos países industrializados. Estas promessas incluíam a destinação de 0,7% do rendimento nacional bruto e o fornecimento anual de financiamento climático de cerca de US$ 100 bilhões para as nações em desenvolvimento.

Eles ainda reivindicam que os países desenvolvidos contribuam com US$ 200 bilhões por ano, até 2030, previstos pelo Marco Global para a Biodiversidade de Kunming-Montreal.

No encerramento do evento em Belém, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que “não é o Brasil que precisa de dinheiro, não é a Colômbia que precisa de dinheiro, não é a Venezuela, é a natureza”.

“É a natureza, que o desenvolvimento industrial, ao longo de 200 anos, poluiu, que está precisando que eles paguem sua parte agora”, frisou. “A qualquer país do mundo que você vai, falam da Amazônia. É esse encontro e a Amazônia falando para o mundo, dando a resposta do que precisamos.”

Lula emitiu um comunicado à imprensa, porém evitou interagir com questionamentos, sugerindo que está buscando minimizar a considerável controvérsia que se destacou no evento: a exploração de petróleo na desembocadura do Rio Amazonas, localizada no estado do Amapá.

Para o presidente, medidas protecionistas mal disfarçadas de preocupação ambiental, por parte dos países ricos, não são o caminho a trilhar.

“A Declaração de Belém e o comunicado conjunto que adotamos nesses dois dias de Cúpula são um passo na construção de uma agenda comum com os países em desenvolvimento com florestas tropicais”, ressaltou.

“Vocês podem ter certeza de que esta Cúpula vai gerar muitos frutos e que vai ser lembrada no futuro como o marco do desenvolvimento sustentável”, disse Lula.

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